29.04.2022 - EM Atualidades
A Escola de Engenharia (EE), da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), teve dois projetos aprovados pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP): “Biossensores fotônicos baseados em materiais bidimensionais (2D) para o desenvolvimento de testes virais”; e “Nanoestruturas híbridas multifuncionais de Nb2O5, ZrO2 e TiO2 empregadas na construção de Nanomembranas filtrantes inovadoras”.
O primeiro projeto foi idealizado pelos docentes da EE: o coordenador do Programa de Pós-Graduação da unidade acadêmica, Christiano de Matos; Thoroh de Souza; Lúcia Saito; Cecília Castro e Silva; Camila Maroneze; Sergio Domingues; e Dario Bahamon. O projeto foi estruturado em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O objetivo central é desenvolver biossensores fotônicos do tipo point-of-care (que significa qualquer tipo de teste de diagnóstico que pode ser realizado remotamente, inserido ou não em ambientes hospitalares ou laboratoriais) baseados em nanomateriais/nanoestruturas 2D (tais como o grafeno), que sejam capazes de detectar com elevada sensibilidade e especificidade estruturas virais do SARS-COV-2 e seus anticorpos.
Já o projeto “Nanoestruturas híbridas multifuncionais de Nb2O5, ZrO2 e TiO2 empregadas na construção de Nanomembranas filtrantes inovadoras” foi desenvolvido pelos docentes do curso de Química da EE, Engenharia Elétrica e Engenharia de Materiais da UPM, professores: Thiago Canevari, coordenador do curso; Edson Tafeli; Marcos Eberlin; e Marcos Massi.
De acordo com o coordenador Canevari, o projeto tem como objetivo desenvolver nanoestruturas híbridas multifuncionais que serão empregadas para fabricar membranas filtrantes e construir nanosensores eletroquímicos.
“As nanoestruturas híbridas serão formadas pela combinação e efeito sinérgico dos quantum dots de carbono, Cdots, com as nanopartículas metálicas de prata (AgNPS) e de MxOy (M= Nb, Zr e Ti), espécies de grafeno e camada de sílica (shell). As nanomembranas filtrantes formadas terão aplicações ambientais, enfatizando o abatimento e sequestro de gases poluentes e geradores de efeito estufa e a produção de água potável e tratamento de efluentes”, explicou ele.
O diretor da EE da UPM, Marcos Massi, disse que este é um marco importante, pois essa aprovação irá incentivar a pesquisa e inovação e ainda trará um investimento na ordem de 3,2 milhões de reais em bolsas de estudo de mestrado e doutorado, além de insumos de pesquisa e investimento em equipamentos para a UPM. A participação do Núcleo de Apoio à Gestão de Projetos (NAP), da Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPG) da UPM, está sendo muito importante na elaboração das propostas dessa natureza, bem como no apoio administrativo dos projetos.
“Trazer investimentos em pessoas e equipamentos, aumenta, desta forma, a visibilidade das pesquisas realizadas na EE em âmbito nacional, além de demonstrar a excelência em pesquisas que estão sendo realizadas no programa de pós-graduação em Engenharia de Materiais e Nanotecnologia da nossa Escola de Engenharia”, finalizou Canevari.
Sobre os projetos
Biossensores fotônicos baseados em materiais bidimensionais (2D) para o desenvolvimento de testes virais: A proposta busca desenvolver sensores que possam ser utilizados em campo, menos invasivos (empregando amostras como a saliva, por exemplo), que operem com pequenos volumes de amostra, extremamente sensíveis, com baixo tempo de resposta e de fácil manipulação pelo usuário final. O projeto também tem como uma de suas prioridades o estabelecimento de parceria entre as instituições executoras, com larga experiência na produção de conhecimento científico nas áreas de materiais avançados e saúde e na transferência de tecnologia para a sociedade, através do setor produtivo, de forma a garantir que o projeto impacte diretamente a economia e o bem-estar social.
Nanoestruturas híbridas multifuncionais de Nb2O5, ZrO2 e TiO2 empregadas na construção de Nanomembranas filtrantes inovadoras: A eficiência das Nanomembranas formadas com as nanoestruturas híbridas será comprovada por nanosensores eletroquímicos e espectrometria de massas com o uso da revolucionária caneta Mass Spec pen, que verificará a presença de impurezas ou formação de novos produtos, mediante interação da membrana com gases poluentes, água e efluentes, que possam interferir na aplicação do produto.