No dia 25 de março, o Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie (CRAAM) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), recebeu a visita dos representantes do National Space Science Center (NSSC), para apresentar pesquisas realizadas na área de Ciências Espaciais. O evento também contou com discussões sobre futuras pesquisas colaborativas, em debates realizados no auditório Guilherme Thut, no campus Higienópolis.
O motivo da visita foi a renovação do Memorandum of Understanding (MoU) entre o Mackenzie e o NSSC da Chinese Academy of Sciences (CAS), e a participação do Mackenzie no programa International Meridian Circle Program . Parcerias de pesquisa, como essa entre Brasil e China, têm efeito positivo para a UPM, tanto pela maior interação de pesquisadores chineses e do CRAAM em estudos do Clima Espacial, mas, também, para aumentar a visibilidade da universidade para o mundo.
Os palestrantes do NSSC foram Xuhui Shen, pesquisador do NSSC/CAS; Shun-Rong Zhang, pesquisador do Haystack Observatory do MIT, nos Estados Unidos; e Liwen Ren, project manager do International Meridian Circle Program, NSSC/CAS.
O NSSC atua no Brasil através do China Brazil Joint Laboratory for Space Weather (CBJLSW), criado em 2014, o qual está comemorando seu 10º aniversário em 2024. Além da realização de pesquisas colaborativas em Ciências Espaciais, o NSSC participou ativamente da reforma do Rádio Observatório Pierre Kaufmann (ROPK), operado pelo Mackenzie em colaboração com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e está localizado em Atibaia. No dia 29 de Março, a delegação do NSSC irá ao ROPK para uma visita técnica.
Para o coordenador do CRAAM, Jean Pierre Raulin, o NSSC é uma instituição de grande porte no cenário internacional, e essa parceria pode trazer benefícios para ambas as partes. “Eles têm recursos financeiros para investir e muitos recursos humanos em pesquisa e engenharia. Visitaram o ROPK em novembro de 2019, no início da pandemia, e apresentaram o início de um novo projeto, e em três anos construíram um instrumento inteiro, com mais de 300 antenas de 6 metros de diâmetro cada uma, além de terem sido muito úteis no upgrade do radiotelescópio, que estava em fase de renovação”, afirmou. O coordenador do CRAAM também enumerou novos equipamentos instalados pelo NSSC no ROPK: a instalação de um sensor de campo elétrico atmosférico e um detector de relâmpago.
O pesquisador do CRAAM, professor Paulo Simões, explicou sobre a proposta da NSSC. “O projeto deles é criar uma rede mundial de observações e ter instrumentos espalhados em várias partes da Terra”, destacou.
“Além da estrutura, a escolha do território do ROPK se dá por conta do Brasil estar bem situado geograficamente para ajudar nesse projeto. E, em particular, pelo grupo de pesquisa do Mackenzie, que já tem a expertise nessa área, tanto da parte de clima espacial, como observações do Sol, estudos da atmosfera e do ambiente espacial em volta da Terra”, destacou o pesquisador do CRAAM.
A delegação chinesa também foi recebida pelo reitor da UPM, Marco Túlio de Castro Vasconcelos; o diretor da Escola de Engenharia, Marcos Massi; acompanhados pelo coordenador da Coordenadoria de Cooperação Internacional e Interinstitucional (COI), Pedro Buck.