Academia Mackenzista de Letras recebe novo integrante

Professor Geraldo de Andrade é novo imortal da única academia ligada a uma universidade no Brasil

15.08.2019 - EM

Comunicação - Marketing Mackenzie


A Academia Mackenzista de Letras (AML), vinculada à Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), deu posse na última terça-feira, 13 de agosto, ao seu mais novo imortal, professor doutor Geraldo de Andrade, que assumirá a cadeira 34, cujo patrono é Horácio Manley Lane. A organização, que segue os mesmos padrões da Academia Brasileira de Letras (ABL), é a única no país vinculada a uma universidade.

Engenheiro Civil, Andrade se formou no Mackenzie em 1977 e escreveu diversas obras sobre engenharia e também sobre filatelia, arte ou ciência de colecionar selos postais. Um de seus livros, que trata sobre instalações hidráulicas, é utilizado nos cursos da UPM. “Esta é uma academia com um nível bastante elevado e eu acreditava que meus escritos não eram merecedores desta atenção, por isso fiquei surpreso quando recebi o convite”, diz o novo acadêmico.

Geraldo de Andrade foi funcionário da Prefeitura de São Paulo e atuou nas áreas de habitação, patrimônio histórico, assistência social e saúde. Ele também atuou como professor, na cidade de Santos (SP), e hoje está aposentado. Na opinião do acadêmico, isso é uma grande vantagem, pois agora ele se dedicará à produção de novos textos. “Há muita história para ser contada que as pessoas ainda não tiveram tempo, paciência ou não acharam as fontes”, afirma. 

Na cerimônia, o novo imortal recebeu, das mãos do presidente da AML, Nelson Câmara, a manta, o medalhão de ouro e um diploma da organização. Em seu discurso, Andrade contou sobre a vida Horácio Lane, patrono de sua cadeira na Academia e que foi diretor do Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM), além de ter sido um dos responsáveis pela fundação da Escola de Engenharia do Mackenzie. A primeira tarefa do novo acadêmico será escrever um artigo sobre a vida do patrono para uma coletânea que será lançada em forma de livro pela AML.

Os Imortais

Nos mesmos padrões da ABL, a Academia Mackenzista de Letras existe há cinco anos e possui 40 cadeiras. Até o momento, apenas 31 estão ocupadas. “É tão rigoroso o critério de admissão, não obstante muitos pretenderem ingressar nela”, explica o presidente da AML.

Os imortais permanecem na Academia de forma vitalícia. Além disso, cada cadeira possui um patrono ou patronese, que homenageia personalidades que estudaram ou que foram importantes para a história do Mackenzie, como por exemplo, Dom Pedro II, Ruy Barbosa, Anita Malfatti, Rubem Paiva e Hilda Hilst.

Para ser escolhido pela organização, um candidato precisa ter estudado na UPM ou trabalhado na Universidade por mais de cinco anos, além de demonstrar grande atuação intelectual, seja na literatura ou em outro campo científico. Por isso, a AML reúne diversas áreas do conhecimento. “A polivalência da academia é grande, pois temos juristas, arquitetos, engenheiros, economistas”, encerra o Câmara.