29.05.2024 - EM
A síndrome de burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio emocional caracterizado por exaustão extrema, estresse e esgotamento físico, resultante de situações de trabalho desgastantes que exigem alta competitividade ou responsabilidade. Entre os sintomas estão cansaço excessivo, físico e mental, dor de cabeça frequente, alterações no apetite e insônia.
A principal causa dessa condição é o excesso de trabalho, sendo comum entre profissionais que atuam sob constante pressão e possuem grandes responsabilidades, como médicos, enfermeiros, professores, administradores, profissionais de TI, jornalistas, entre outros.
O Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial de países com mais casos dessa condição, ficando atrás apenas do Japão, conforme relatório da International Stress Management Association (Isma-BR), publicado em 2021.
Apesar de torna-se evidente nos últimos anos, a síndrome constitui um perigo às pessoas e organizações - que devem adotar medidas eficazes para prevenir e lidar com o burnout entre seus colaboradores.
Papel das empresas
As empresas e/ou organizações têm um papel crucial no “diagnóstico” e prevenção do burnout. Dentre as atribuições, está o treinamento da liderança. Quando os líderes são treinados, eles podem reconhecer sinais de estresse em suas equipes, adotando uma abordagem empática e de apoio.
Outra medida cabível é evitar a sobrecarga de trabalho. Ao analisar e adequar a carga horária de trabalho dos colaboradores, distribuindo tarefas e dividindo responsabilidades, as organizações podem ajudar no equilíbrio e diminuir o estresse.
Grupos de apoio
Oferecer apoio e colaboração é importante para prevenir o burnout. Para proporcionar um ambiente em que os funcionários se sintam à vontade para expressar suas preocupações sem medo de serem punidos, a criação de grupos de apoio, onde os colaboradores podem discutir seus desafios e trocar experiências, fortalece o sentimento de comunidade e de cumplicidade.
Contato com pessoas "negativas"
Lidar com pessoas que constantemente reclamam do trabalho não é fácil, mas é algo “normal” em diversas empresas ou organizações. Ao perceber atitudes negativas constantes de seus liderados, os líderes devem tomar medidas para não contaminar o ambiente. Uma das ações que pode ajudar é chamar a pessoa para conversar e entender o que está acontecendo, mudar os processos e até ocupação e tarefas do reclamante, caso necessário. O importante é cuidar da saúde mental da pessoa e do coletivo, evitando que o burnout seja desenvolvido e contagie a todos.