Negros são 1% em escritórios de advocacia

Projeto desenvolvido em parceria entre CESA, Instituto Presbiteriano Mackenzie e Universidade Presbiteriana Mackenzie ganha prêmio por ação afirmativa para mudar desigualdade racial

20.03.2018 - EM Ética e Cidadania

Comunicação - Marketing Mackenzie


“A maior parte da população brasileira se define como negro ou pardo, mas eles estão longe de serem a maioria em escritórios de advocacia, em parte porque muitos deles não têm acesso à educação (de alto nível!) exigida. Uma pesquisa informal conduzida pelo Centro de Estudos de Advocacia (CESA) descobriu que menos de 1% de advogados em suas firmas são negros" publicou Latin Lawyer , publicação independente e de grande referência na área jurídica, ao anunciar o prêmio “Diversity Initiative of the Year Award 2018” ao projeto Incluir Direito, no dia 23 de fevereiro, como referência da área jurídica na América Latina.

Sobre o projeto

Tendo em vista a inclusão de minorias raciais no mercado de trabalho e a necessidade de uma formação complementar que as tornem mais competitivas, o CESA juntamente com o Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM) e a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) desenvolveram o projeto Incluir Direito.

Foi identificado pelo CESA que os estudantes negros não estavam nem se candidatando nos processos seletivos dos escritórios associados. A Gerência de Responsabilidade Social (GERSF) do Mackenzie explica que não se trata de uma questão de qualificação técnica dos alunos, mas sim de oportunidade. Na sociedade brasileira, culturalmente falando, não existe uma igualdade de oportunidades para esta parcela da população.

O projeto piloto ofereceu para 10 alunos e alunas da Faculdade de Direito da UPM, autodeclarados negros, cursos de capacitação e  postura profissional, estratégias para participar de processos seletivos, formas de lidar com situações difíceis em ambientes competitivos, reforço de habilidades de leitura, interpretação e produção de textos, cursos de línguas, além de reflexões sobre a desigualdade racial no Brasil e a importância da diversidade para realização de uma sociedade igualitária e democrática.

A coordenação pedagógica foi estruturada pela Faculdade de Direito, e foi representada pelos professores Silvio Almeida, Solange Teles e Adilson José Moreira, todos negros e com linhas de pesquisas e atuações sobre a diversidade e racismo. “Os estudantes participantes do projeto se sentiram representados. Essa foi a ideia”, conta a equipe da GERSF .

A cerimônia de entrega do prêmio ““Diversity Initiative of the Year Award 2018” será realizada no dia 19 de abril, no Hotel Unique em São Paulo.

O projeto terá uma segunda edição. Fiquem atentos ao site e às redes sociais para saber mais detalhes sobre o edital!