28.09.2018 Atualidades
O Brasil passa por um período de crise econômica que se arrasta por vários anos e é considerada uma das piores de nossa história contemporânea. A proximidade das eleições para cargos executivos e legislativos em 2018 intensifica o debate sobre as propostas de cada presidenciável para melhorar este ambiente.
Para refletir sobre as diversas vertentes dos temas, os assessores econômicos dos candidatos à Presidência da República estiveram no Fórum Perspectivas e Futuro da Economia Brasileira (veja a cobertura aqui) – uma iniciativa do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica (CMLE) do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) –, em 27 de setembro, no campus Higienópolis.
Com a presença de Pérsio Arida (PSDB), Guilherme Mello (PT), Diogo Costa (NOVO), Marco Antonio Rocha (PSOL) e Nilson Araújo de Souza (PPL), o Fórum, que teve mediação do Jornalista Ricardo Viveiros, trouxe um conteúdo profundo e técnico em um evento de extensão, que conecta a Universidade para além de seus muros. A abertura foi realizada por Davi Charles Gomes, chanceler do Mackenzie.
Conforme pontua Vladimir Fernandes Maciel, coordenador do CMLE, “estamos num processo eleitoral, momento crítico no Brasil, com muitas fake news circulando, e a Universidade conseguir realizar um Fórum de alto nível, com os professores da casa elaborando perguntas, com transmissão ao vivo pela internet, com esse cuidado de trazer as diferentes opiniões e pontos de vista, mostra como colaboramos não só com os nossos alunos em seus estudos, mas também com o eleitor, para que possa formar sua opinião”.
Maciel destaca que os assuntos discutidos – tamanho do Governo e gestão fiscal; política monetária e inflação; regulação e ambiente de negócios; e comércio exterior – são de suma importância para se entender de que forma cada candidato pensa a recuperação econômica brasileira.
Para Benedito Guimarães Aguiar Neto, reitor da UPM, há uma grande responsabilidade para a nova geração reconstruir parte do país e a “nossa grande responsabilidade como educadores é contribuir e criar condições para que essa nova geração possa pensar diferente, trazer propostas, contribuições significativas para o desenvolvimento social e econômico do nosso país”.
José Inácio Ramos, presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), afirma que a economia sempre andou junto com a política e essa percepção aumentou recentemente, pois apesar de se notar uma leve estabilidade econômica, ainda “há todo estresse político que estamos vivendo nos últimos anos, com políticos presos e esse caos todo”, diz.
Ramos ressalta a importância do CMLE, que discute os rumos da economia em todos seus segmentos: na taxação dos impostos elevados que existem em muitos produtos; na liberação de outros impostos para outros segmentos que nem sempre contribuem da forma adequada; entre outras linhas de pesquisa.
“Essa promoção do Fórum do Centro de Liberdade Econômica é muito importante, porque nem sempre a população se debruça sobre o plano de governo dos candidatos. Receber esses assessores é mais uma porta que se abre para os alunos e população, mostrando o bom trabalho que o CMLE realiza como contribuição para a sociedade, com questionamentos relevantes. A ideia é que a economia seja uma coisa limpa, translúcida, transparente para que possamos entender onde estamos e aonde queremos chegar”, completa Ramos.
Aguiar Neto finaliza dizendo que as universidades brasileiras poderiam seguir o mesmo exemplo das universidades norte-americanas: abrir suas portas para o debate amplo, entre ideias e concepções. “Assim, nossos alunos participarem de uma discussão nesse contexto em que colocamos o protagonismo estudantil como uma das ênfases da formação, é uma forma também de contribuir para uma visão da importância da livre iniciativa”, encerra o reitor.
Estiveram presentes no evento, ainda Pedro Raffy Vartanian, professor do CCSA; e André Ricardo de Almeida Ribeiro, da Diretoria de Estratégia e Negócios (DIREN), e José Paulo Fernandes Jr., da Diretoria de Finanças e Responsabilidade Social (DIFIR), ambos do IPM.