02.05.2024 Universidade
Durante a Semana Acadêmica do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), os alunos do curso de Nutrição participaram, no dia 30 de abril, terça-feira, da palestra Novas Gerações Vegetarianas e Veganas: A Nutrição Materno-Infantil Plant-Based, ministrada pela nutricionista Rachel Francischi.
Ao falar de novas gerações, entende-se mães grávidas ou que estão amamentando, bebês e crianças vegetarianas e veganas. “Um dos tópicos da palestra foi como o nutricionista se prepara e atua nesse atendimento, compreendendo as razões que levam a uma alimentação vegetariana ou vegana, pois não se deve desestimular”, afirmou Francischi.
De acordo com a nutricionista, estudos comprovam que a alimentação rica em alimentos sem origem animal é uma das mais saudáveis e perfeitamente balanceada. “Se comparar uma população vegetariana com uma que come carne, a vegetariana apresenta um número maior de pessoas com peso saudável, menos doenças do coração, menos diabetes”, apontou.
Para ela, quando há a escolha pelo vegetarianismo ou veganismo, seja na vida adulta, seja na infantil, a tendência é melhorar a qualidade da dieta, pois se come mais feijão, arroz, frutas e vegetais. Porém é necessário atenção com algumas vitaminas, já que “os animais são atravessadores de nutrientes, de modo que o leite e a carne possuem esses nutrientes”, disse Francischi.
A nutricionista explicou que a ração dos animais é fortificada com iodo e vitamina B12, e quando há a opção por não comer carne e derivados do leite, os nutrientes atravessados pelos animais devem ser suplementados diretamente no indivíduo. Ela destacou também que existem boas fontes proteicas para uma dieta vegetariana e vegana como aveia, arroz, leguminosas, amendoim e tofu.
“O prato vegetariano infantil deve respeitar a regra de um terço de fontes de cereais e grãos, o aporte energético de carboidratos; um terço de leguminosas, que será o aporte proteico; e um terço de legumes, verduras e cogumelos. E sempre adicionar gordura, com uma colher de óleo ou azeite”, contou a nutricionista.
A proporção para gestantes ou mães que amamentam muda para 50% do prato com legumes, verduras e cogumelos; um quarto com leguminosas; e um quarto de cereais e grãos, sem esquecer da gordura, que deve ser a mesma quantidade do prato infantil.
Por fim, Francischi comentou sobre o leite materno das vegetarianas e veganas ser “tão nutritivo quanto das mães que comem carne” e que há pouca diferença entre eles, visto que possuem o mesmo teor de calorias e proteínas. A principal diferença é o leite de mães vegetarianas e veganas ter maior teor de gorduras saudáveis.