03.06.2019 Saúde e Bem-Estar
O curso de Fisioterapia da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) está desenvolvendo, em parceria com o Hospital de Transplante Euryclides de Jesus Zerbini de São Paulo, o programa de atendimento a pacientes com doenças no fígado em fila Transplante Hepático. Segundo Marcelo Fernandes, um dos professores responsáveis pelo projeto, "o objetivo desse treinamento é fazer com que os pacientes consigam ter um suporte e ganho muscular, além de um ganho funcional, já que a maioria deles vai para transplante de fígado que debilita muito a paciente", confirma ele.
A parceria que começou em 2017 tem por objetivo o fortalecimento muscular e o aumento da capacidade física desses pacientes para que enfrentem de forma adequada o transplante hepático e, assim, obtenham melhores resultados no pós-operatório. Os médicos do Hospital avaliam os pacientes em pré e pós-transplante e, havendo compatibilidade com a proposta da parceria e estabilidade da doença, estes pacientes são encaminhados para atendimento via Serviço Social do próprio Hospital. Até o momento, diversos pacientes já foram reabilitados com resultados positivos e significativos nos índices de saúde e impacto direto no pós-transplante. Como é o caso de Luiz Czar, que aos 58 anos passou pelo grupo no pré-operatório e recebeu excelentes resultados atribuídos, em parte, ao trabalho do grupo e que agora, pós-operado, dá continuidade ao tratamento.
"Eu cheguei aqui muito magro e sedentário para o tratamento, precisando de ajuda mesmo. No pré-operatório, eu já melhorei minha resistência física e ganhei cinco quilos de massa muscular. Tudo isso graças ao tratamento", afirma Czar.
Desde o início da parceria, 44 alunos de graduação do curso de Fisioterapia já passaram pelo projeto sob supervisão dos professores Marcelo Fernandes, Lígia Canellas, Marília Calligari e Denise Vianna. Atualmente, participam dos atendimentos 15 alunos. Para participar do trabalho, são permitido alunos cursando a partir do 3º semestre. “Os alunos mais antigos do grupo passam a treinar e acompanhar os mais recentes em regime de tutoria. Isso empodera o aluno mais velho e incorpora o mais novo no processo”, afirma Fernandes.
Já foram beneficiados 22 pacientes com a parceria e, atualmente sete pacientes estão em reabilitação. Em relação ao tempo de atendimento, Fernandes diz que a proposta prevê uma permanência mínima de quatro meses por paciente. “Este período seria o necessário para termos respostas satisfatórias no que tange à sua capacidade física”, completa ele.
Czar passou por um tratamento de um ano e meio antes da cirurgia no qual melhorou seu condicionamento físico. Após a cirurgia, que aconteceu há um ano, ele recuperou o peso que perdeu quando fez o transplante e já consegue caminhar mais de uma hora sem sentir cansaço ou falta de ar. "Eu estar aqui hoje é um milagre e eu devo isso, sem dúvida alguma, também a equipe do Mackenzie, que foi maravilhosa comigo. Eu tenho um carinho muito grande por todos aqui, e também pela Instituição", afirma Czar.
As atividades da clínica deste semestre foram encerradas na última quinta-feira, 30 de maio, e retornam nas primeiras semanas do próximo semestre, em agosto. O atendimento aos pacientes ocorre às terças e quintas-feiras das 13h30 às 14h40 no laboratório de atividades do curso de Fisioterapia na rua Maria Antônia, 163.