Como a Comunicação Intercultural auxilia na resolução de conflitos empresariais

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Professor João Batista, da UPM, comenta a importância da área nas organizações modernas

18.12.2024 - EM Atualidades

Comunicação - Marketing Mackenzie


Em um mundo cada vez mais globalizado e diversificado, as organizações precisam constantemente se atualizar e se adaptar aos novos ideais do mercado. Para facilitar esse processo, ter uma boa Comunicação Intercultural é de extrema importância, pois ela é responsável pela manutenção das relações pessoais, por meio da promoção das interações sociais. 

O professor e coordenador do Mestrado em Comunicação Intercultural nas Organizações, João Batista, da Universidade Presbiteriana Mackenzie  (UPM), comenta que a comunicação intercultural contribui diretamente para a diversidade e inclusão ao reconhecer e valorizar as diferenças culturais entre os colaboradores. Em vez de tentar homogeneizar comportamentos ou ideias, ela promove um ambiente onde pessoas de diferentes origens – com línguas, etnias, crenças, classes sociais, gêneros ou idades variadas – possam interagir e aprender umas com as outras.

"Essa abordagem não apenas enriquece a troca de conhecimentos, mas também fortalece o respeito mútuo e a empatia, criando condições para que todos se sintam ouvidos e valorizados. Além disso, fomenta um ambiente corporativo mais inclusivo, onde a diversidade é vista como um recurso estratégico para inovação, criatividade e melhor desempenho organizacional", afirma Batista.

A falta de compreensão intercultural nas empresas pode gerar uma série de mal-entendidos e conflitos que comprometem tanto a produtividade quanto a harmonia no ambiente de trabalho. As diferenças culturais nas formas de pensar, agir e interpretar mensagens frequentemente resultam em equívocos. Para evitar tais problemas, é crucial que as organizações desenvolvam sensibilidade cultural, promovendo um ambiente mais colaborativo, inclusivo e alinhado aos objetivos organizacionais.

Em equipes globalizadas, as barreiras culturais representam um desafio constante para a comunicação eficaz. Preconceitos e estigmas sobre diferenças culturais podem dificultar a compreensão e colaboração entre os membros, criando um ambiente de trabalho dividido. Para superar esses obstáculos, as organizações precisam investir em treinamento e no desenvolvimento de competências interculturais. Iniciativas como workshops sobre escuta ativa, empatia e gestão de conflitos, além do uso de tecnologias de comunicação, podem ser eficazes.

O coordenador do Mestrado Profissional em Comunicação Intercultural nas Organizações exemplifica como a pesquisa aplicada pode ajudar a desenvolver soluções práticas. Ele destaca que guias de boas práticas e plataformas interativas promovem um entendimento mais profundo das diferenças culturais e favorecem um ambiente mais harmonioso e produtivo.

"Isso significa trabalhar na busca de soluções para problemas práticos por meio do diagnóstico, análise, elaboração, teste, implantação e avaliação de um produto de comunicação. Exemplos disso incluem o desenvolvimento de workshops focados em escuta ativa, empatia e gestão de conflitos interculturais; o uso de tecnologias de comunicação, como vídeos, jogos, plataformas multimídia ou materiais interativos; ou a elaboração de frameworks ou guias de boas práticas que forneçam orientações sobre como agir em situações de crise ou em interações que envolvam diferentes culturas", conclui Batista.

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