O termo ESG, em tradução livre Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança), cunhado em 2004, em uma publicação feita pelo Pacto Global em parceria com o Banco Mundial, surgiu a partir de um questionamento do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, direcionado às lideranças de grandes instituições financeiras.
A carta aberta direcionada a 50 CEOs, questionava tais lideranças como integrar os valores propostos em suas atividades econômicas. Desde seu surgimento, a sigla ganhou visibilidade em diversas organizações e empresas.
Os critérios estabelecidos pela ONU foram baseados em necessidades do mercado de se adaptar ao clima social e ambiental do século XXI, além de atender ideais levantados a respeito do meio ambiente e questões trabalhistas desde a década de 60. Um dos textos citados nas propostas iniciais do ESG se chama The Limits of Growth (Os Limites do Crescimento, em tradução livre), lançado em 1972.
Adoção de critérios
A campanha iniciou com 63 signatários, com um orçamento total de US$ 6,5 trilhões em investimentos. No entanto, o número de participantes ativos na aplicação do ESG cresceu significativamente e, em 2020, foram registrados mais de 3 mil signatários e mais de 100 milhões de dólares em ativos - das quais mais de 300 são brasileiros.
No Brasil, a adoção do ESG em empresas também registrou crescimento. Entre 2019 e 2021, um levantamento realizado pela Rede Brasil do Pacto Global consta mais de 35 milhões de publicações relacionadas aos critérios.
Significados e valores
A letra “E”, representa as questões ambientais, e questiona os líderes a respeito das atividades realizadas nas empresas que impactam o meio ambiente. Fatores como poluição, utilização de recursos naturais e consequências para a biodiversidade, devem ser levados em conta quando se trata da gestão ambiental.
Já a letra “S” leva em consideração a adoção de políticas sociais direcionadas à diversos públicos, como colaboradores, clientes e sociedade civil, em geral. Questões de saúde e bem-estar, fim da desigualdade e descriminação no ambiente de trabalho e outras questões são consideradas garantias essenciais para um ambiente de trabalho saudável.
Por outro lado, a qualidade e segurança dos produtos direcionados aos clientes e privacidade para usuários de redes sociais são outros tópicos que devem ser levados em conta em empresas e organizações que adotam o ESG.
O "G", de governança, representa fatores que tornam a liderança das empresas éticas e responsáveis. Políticas internas anticorrupção, ações de transparência tributária e maior controle de investidores externos são algumas das políticas que podem colaborar com a “saúde” das companhias. Outros fatores, como a implementação de um conselho interno independente, além do gerenciamento eficaz de conflitos também se encaixam no quadro.
Mackenzie
No Mackenzie, o conceito do ESG acontece na prática. Com o Programa Mackenzie de Inclusão (PMI), a instituição atua objetivando criar um ambiente de trabalho acolhedor e receptivo a todos os colaboradores, além de priorizar a contratação de pessoas com deficiência.
Quando o assunto diz respeito às questões ambientais, colaboradores, alunos e outros públicos mackenzistas são convidados a participar de diversas atividades propostas ou realizadas pelo programa de abrangência nacional, Mackenzie Voluntário, que estimula ações de interesse social por meio do voluntariado. Em 2022, mais de 34 mil pessoas participaram da campanha e fizeram o bem, beneficiando aproximadamente 619 mil pessoas.
Atividades como Jardim Cooperação (Joviânia-GO), EcoHair (São Paulo - SP) e outros projetos estão disponíveis na página oficial do Mackenzie Voluntário para consulta e participação.