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Alunos do Mackenzie Brasília refletem sobre tensões diplomáticas em trabalho que segue padrões da ONU

Discussões do InMack 2022 instigou jovens a solucionarem conflitos e tensões existentes nas mais diversas localidades do planeta

30.06.202217h47 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Alunos do Mackenzie Brasília refletem sobre tensões diplomáticas em trabalho que segue padrões da ONU

Com o objetivo de estimular o pensamento crítico a partir da construção de uma consciência geopolítica, aconteceu, nos dias 23, 24 e 25 de junho, no Colégio Presbiteriano Mackenzie Brasília (CPMB), o InMack 2022 - programa que simula as conferências da Organização das Nações Unidas (ONU) e traz a debate temas atuais e importantes para a compreensão das problemáticas que envolvem as relações entre os países num âmbito global.

O projeto, que é voltado para os estudantes do Ensino Médio e do 9º ano do Ensino Fundamental, já é tradicional na programação da instituição. Na edição deste ano, as discussões se concentraram em dois principais assuntos: a guerra entre Rússia e Ucrânia e a imigração decorrente de conflitos, miséria ou regimes autoritários que acontecem de forma perene em alguns países.

“É uma ocasião enriquecedora por tratar de tópicos tão caros ao meio acadêmico e ainda por exigir de nós o exercício de diversas habilidades. Eu espero que o evento seja para mim sinônimo de muito aprendizado e experiências que levarei comigo pelo restante de minha formação”, expressou Paulo Laranjeiras, aluno do 9º ano A, delegado do Japão.

Para analisar a conjuntura diplomática internacional, os alunos se organizam em delegacias em que cada um representa uma causa ou país. Eles pesquisam sobre a realidade escolhida e buscam defender em conferências os objetivos daqueles que por eles são representados.

“Acredito que este momento proporciona grandes frutos à nossa formação acadêmica enquanto mackenzistas. Além disso, o conhecimento adquirido no decorrer dos seminários é essencial para entender as diferenças existentes em todo o mundo e visualizar não só os conflitos provenientes delas, mas também as soluções”, expressou Miguel Guedes, do 9º ano A, delegado do Estados Unidos.

Durante os três dias, acontece a exposição dos argumentos com o intuito de se chegar a um ponto em comum entre os participantes. Caso os delegados não alcancem um consenso em relação aos contextos anunciados e diante das soluções propostas, a conferência fracassou.

Sob a tutela dos professores Allyson Oliveira e Isaac Marra, das disciplinas de Geografia e História, respectivamente, as apresentações são moderadas por jovens já formados e que participaram anteriormente do projeto durante a sua jornada no Colégio.

Como é o caso de Mateus Lauritzen, que concluiu os estudos no CPMB e agora cursa o 5º período de Direito na Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília (FPMB). Ele explicou que avalia as delegações seguindo critérios de participação, interesse, argumentação e, principalmente, pela capacidade de persuasão para garantir a cooperação dos outros membros da conferência.

“Além do contato com a realidade de outras nações que convivem diariamente com situações de tensão bélica, problemas sociais e ambientais, o InMack também trabalha desde a competência na formulação de alternativas para a resolução de conflitos e até o rigor técnico na elaboração de documentos formais”, comentou o professor.

Outro ganho do projeto, ainda segundo Oliveira, refere-se às possibilidades vocacionais que a vivência com os temas abordados proporciona aos jovens. De acordo com o educador, muitos dos estudantes que já participaram do InMack acabam optando por ingressar em cursos das áreas humanas com as quais tiveram de lidar, como Direito ou Relações Internacionais.

Ademais, existem fatores complementares que colaboram para a formação escolar dos jovens. Algo que, para o professor Marra, pode ser compreendido sob a perspectiva de três principais fundamentos de desenvolvimento: intelectual, comportamental e relacional.

“O crescimento deles permeia estes aspectos de modo a buscarem a elaboração de propostas perante as adversidades para a resolução de problemas. Ao passo que aprendem a conviver com a existência de pensamentos contrários e como argumentar para alcançar o consenso. Dentro disso tudo, os alunos se colocam em situações em que precisam respeitar a fala do outro e entender qual é a melhor maneira de se posicionar, no argumento e na forma como ele é exposto, para transmitir objetivamente o seu ponto de vista”, concluiu o educador de história.