Foram muitos os impactos deixados pela pandemia de covid-19 na Educação e fica para o educador a missão de tornar a sala de aula um ambiente adequado para que os alunos sintam-se confortáveis para aprender. Buscando promover o bem-estar escolar, o Colégio Presbiteriano Mackenzie Brasília (CPMB) iniciou o programa Mãos Dadas, que atua diretamente nas relações entre os alunos, a família e os professores.
A premissa do projeto contempla os principais atores do processo educacional com o intuito de estabelecer/aperfeiçoar um vínculo saudável entre eles por meio de momentos recreativos, dinâmicas, palestras, rodas de conversa, atendimentos individuais e coletivos.
A proposta trabalha diretamente na solução de tensões que acontecem não somente na escola, como também em outros ambientes presentes na vida dos jovens por isso a integração entre eles é tão importante para que os resultados esperados sejam alcançados.
"Nossa área envolve muitas expectativas - dos estudantes, das famílias, dos professores, das instituições de ensino, do mercado de trabalho - e somente por meio do diálogo é que as tensões resultantes do encontro entre esses anseios, que nem sempre são harmônicos, podem ser examinadas. Essa conjectura demonstra a fascinante e desafiadora arte de conviver”, afirmou o assessor pedagógico Ênio César.
Coordenada pelos gestores e o Serviço de Orientação Educacional (SOE) do colégio, a iniciativa estimula movimentos relacionados ao respeito, compreensão, autocontrole, tolerância e a construção de valores humanos e cristãos para lidar com os mais diversos fatores que decorrem do retorno ao convívio social: ansiedade, divergências e o essencial cumprimento de regras.
A necessidade do projeto foi percebida pelos educadores para lidar com esse momento desafiador. Estudantes estão aprendendo novamente como lidar com a ressocialização e o restabelecimento disciplinar que o meio acadêmico exige deles. Em contraposição, há ainda as crianças que terão de encarar pela primeira vez essas situações.
Enquanto isso, alguns pais ou responsáveis terão que adequar mais uma vez a rotina para contemplar a realidade dos compromissos colegiais de seus filhos ou dependentes. “A intenção é fornecermos ferramentas sob uma perspectiva profissional para que a família saiba encarar esse novo cenário de reajuste social. Durante a reclusão por causa da pandemia, as pessoas sofreram com danos emocionais e agora estão com dificuldades de relacionar apresentando menor tolerância perante as diferenças e é aí que se encaixa a nossa intervenção para incentivar o controle emocional e a adoção de um comportamento mais empático”, diz a psicóloga integrante do corpo do SOE, Elisa Leão.