Experiências da pesquisa acadêmica na graduação marcam a abertura da Jornada de Iniciação Científica

Uma ideia a partir de um hobbie virou um projeto de pesquisa de dois alunos do curso de Engenharia de Produção da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Esse projeto de Iniciação Científica se tornou um projeto de Iniciação Tecnológica e, por fim, se tornou uma startup de sucesso. Nesta terça-feira, 08 de outubro, os dois alunos estiveram no palco do auditório Ruy Barbosa, campus Higienópolis da UPM, para participar de um debate na abertura da XX Jornada de Iniciação Científica e Tecnológica. 
  
Bruno Palazzo e Thomaz Passarinho, antigos alunos do Mackenzie, contaram um pouco da experiência na fundação da HiperNano, empresa considerada um deeptech, de pesquisa e desenvolvimento com viés tecnológico na aplicação de materiais de alta performance, e que faz parte da Incubadora Mackenzie. Eles dividiram um pouco do processo de criação da empresa, da trajetória deles desde a iniciação científica e da forma como eles conduzem a startup.  
  
Os dois CEO’s explicaram que a empresa começou em um projeto de iniciação científica, que ambos desenvolveram quando eram estudantes da graduação, na área de polímeros e nanotecnologia. Ligados em esportes radicais, como skate e surfe, ambos partiram do interesse em melhorar os materiais que compõem os equipamentos esportivos.  
  
Thomaz Passarinho, por exemplo, explicou que desde a graduação, se interessou pela área de materiais. “Começamos pesquisando uma tecnologia e nos tornamos uma empresa que estuda tecnologia de materiais avançados, especificamente na área de polímeros. Começamos com uma tecnologia e hoje vamos além, enxergando as dores do mercado e buscando soluções”, disse.  
  
Ele também apontou a importância de seguir próximo do Mackenzie, após a criação da startup, que faz parte do ambiente da Incubadora Mackenzie. “Quando fomos ao mercado, notamos que tínhamos uma tecnologia poderosa e inovadora. Então, decidimos procurar a Incubadora e vimos que, no Mackenzie, teríamos toda a expertise para nos apoiar e termos mais segurança para comunicar essa nossa tecnologia”, explicou.  
  
Bruno Pallazo destacou a importância do ensino da UPM para o desenvolvimento do projeto. “O Mackenzie foi uma mãe para a gente, desde o momento em que tivemos a ideia, desde abrir a porta para laboratórios a manter a disponibilidade dos professores para nos tirar dúvidas. Foi um longo caminho para chegar nessa tecnologia que temos hoje”.  
  
A conversa dos dois CEO’s contou com a mediação da coordenadora da Incubadora, Renata Correa Nieto, e do coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da UPM, Eduardo Ariente. O tema do debate foi Da Iniciação Científica ao Empreendedorismo: Transformando Pesquisas em Empresas de Tecnologia. A abertura da jornada contou com transmissão para o campus Campinas da UPM.  
  
Além do debate, a abertura da Jornada contou com a presença de autoridades mackenzistas. Confira algumas das falas da abertura institucional:  
  
“Tudo o que estamos fazendo aqui é para vocês, pois nosso interesse é que vocês se desenvolvam, seja para a docência, para o empreendedorismo, mas que seja para o sucesso de vocês” 
Marco Tullio de Castro Vasconcelos, reitor da UPM 
  
“Esse aprofundamento teórico metodológico dá um upgrade na carreira de vocês. É um selo de qualidade que vai além da graduação. A nossa pesquisa tem muito impacto tecnológico e social, é disso que o país necessita”. 
Maria Cristina Trigueiro Veloz Teixeira, pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UPM. 
  
“Por que fazer iniciação tecnológica? Você pode desenvolver um produto, uma solução ou processo em qualquer área e muitas vezes é uma continuação da iniciação científica”  
Veridiana Rotondaro Pereira, coordenadora de Inovação e Tecnologias da UPM 
  
“É um evento muito importante para nós. Completamos 20 anos em 2024 e isso mostra a vocação da Universidade para a pesquisa. O mercado de trabalho aprova a Iniciação Científica, pois vocês serão convocados a resolverem problemas e o desenvolvimento metodológico se torna um diferencial no currículo”  
Leandro Augusto da Silva, coordenador de Fomento à Pesquisa