O Fórum Mackenzie de Liberdade Econômica começou nesta segunda-feira, 04 de novembro e será realizado até quarta-feira, dia 06, na Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), campus Higienópolis. Organizado pelo Centro Mackenzie de Liberdade Econômica (CMLE), ligado ao Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA) da UPM, o evento terá a participação de diversos palestrantes estrangeiros e alguns representantes do poder público.
Na abertura do evento, realizada nesta segunda-feira, o palestrante foi o deputado federal Marcel Van Hatten, que falou sobre Os limites da Política. “É uma oportunidade excelente para discutir quais são os valores que norteiam nossa democracia: uma democracia liberal, constitucional e representativa. Portanto, ela impõe limites na ação individual, e eles não podem afetar a busca pela felicidade das pessoas que cumprem as leis”, declarou.
O parlamentar afirma que, desde 2013, com as Jornadas de Junho, o ambiente brasileiro se tornou mais favorável para ser falar sobre o liberalismo. “Como as liberdades individuais foram essenciais para as nações que hoje são desenvolvidas, também no Brasil precisamos aplicá-las”, afirmou. Para ele, a UPM faz um trabalho essencial no desenvolvimento de estudos sobre as liberdades individuais.
O Fórum gira em torno de três discussões básicas: Política e economia de livre mercado; Empreendedorismo, inovação e gestão; e Empreendedorismo, inovação e gestão. Mais de 900 pessoas se inscreveram para acompanhar as palestras e cerca de 80 artigos relacionados às temáticas serão apresentados.
“O objetivo é pensar a economia brasileira voltada para a livre iniciativa e que, por meio da liberade econômica, transforme o Brasil em um país mais justo”, disse o coordenador do CMLE, professor Vladimir Fernandes Maciel.
Outro palestrante é o professor de economia da Cornestone University, dos Estados Unidos, Jeffery L. Degner, que falará sobre a relação entre a Bíblia e o Liberalismo. "Não existem conflitos, as escrituras dão suporte para os lugares no mundo que defendem a ideia de um mercado livre", declarou.
Contexto
O Fórum é realizado poucos meses após o Congresso Nacional aprovar a Lei da Liberdade Econômica, que tem como objetivo desburocratizar o ambiente de negócios do país, incentivar a abertura de empregos e o empreendedorismo. A lei estabelece algumas novas regras trabalhistas, como por exemplo, a não obrigatoriedade de uso do registro ponto eletrônico, exceto para controlar as horas extras feitas pelo trabalhador. “Nos últimos 20 anos, o mundo passou por um processo de liberalização. O Brasil esteve na contra-mão por um tempo, mas agora está nadando contra a corrente”, disse o pesquisador do CMLE, Lucas Freire.
Abertura
Ainda na abertura do evento, o presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), José Inácio Ramos, defendeu que em diversos momento da história, o Estado intereferiu na vida dos cidadãos. Para ele, é necessário defender um governo que interfira o mínimo possível, “para que o Estado cuide de questões que a ele cabe cuidar, como saúde, transporte, educação, e não outras amarras que ele tem colocado para o cidadão”, disse.
A pró-reitora de Graduação e Assuntos Acadêmicos, Marili Moreira da Silva Vieira, afirmou que o Fórum faz parte do esforço da UPM em abordar debates plurais. “Queremos abrir espaço para que essas questões de como a liberdade econômica deve ser vista e como ela vai influenciar no desenvolvimento da sociedade como um todo”, declarou.
Já o chanceler do Mackenzie, reverendo Davi Charles Gomes, afirmou que a liberdade econômica está relacionada à confessionalidade mackenzista. “Não se pode experimentar o completo impacto da liberdade de pensamento e crença se não tiver condições em uma sociedade economicamente livre”, pontuou ele.
Estiveram presentes na abertura, o diretor de estratégia e negócios do IPM, Dr. André Ricardo de Almeida Ribeiro; o diretor de finanças e suprimentos do IPM, Dr. José Paulo Fernandes Júnior; o pró-reitor de extensão e educação contínuada da UPM, Jorge Onoda Pessanha; e o deputado federal Jerônimo Goergen.