Para apresentar e avaliar a produção científica desenvolvida pelos estudantes da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), foi iniciada nesta terça-feira, 08 de outubro, no campus Higienópolis, a XV Jornada de Iniciação Científica, que será encerrada no dia 11 de outubro. Em paralelo, acontece a IX Mostra de Iniciação Tecnológica.
Ao longo da semana, 381 trabalhos serão apresentados para a comunidade acadêmica. Os melhores serão convidados a participar da Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre anualmente em diferentes estados do Brasil.
Para a coordenadora de Pesquisa da UPM, Maria Luiza Mendes Teixeira, a iniciação científica desenvolve diversas habilidades nos estudantes. “É o primeiro contato do aluno com o pensamento e com o fazer científico. Isso pode estimulá-lo para fazer um mestrado ou doutorado no futuro”, afirmou.
Porém, a coordenadora acredita que este aprendizado vai além. “Outro desdobramento é o desenvolvimento do raciocínio científico, que leva o aluno a aprender a identificar problemas, saber coletar e analisar informações para resolvê-los e propor soluções. São habilidades extremamente necessárias no mundo empresarial e elas se tornam um diferencial no mercado de trabalho”, concluiu.
Em sua fala na abertura, o capelão da UPM, reverendo Gildásio Reis ressaltou que a confessionalidade do Mackenzie não permite que o conhecimento seja um fim em si mesmo. “Teoria não pode apenas ser teoria, é necessário gerar um produto a partir deste conhecimento. A boa ciência não fica apenas em sala de aula”, declarou.
O reitor da UPM, Benedito Guimarães Aguiar Neto, ressaltou que a iniciação científica é uma forma de desenvolvimento do protagonismo estudantil. “É muito importante que o aluno da graduação possa perceber a importância da aplicação do conhecimento científico e tecnológico. É uma forma de desenvolvimento“, disse.
Inovação
Considerada um dos pilares do protagonismo estudantil, a iniciação científica foi o foco da abertura do evento, realizada no auditório Ruy Barbosa. Na ocasião, dois palestrantes abordaram a importância do pensamento científico para o desenvolvimento da inovação e da tecnologia.
“Você passa de um aluno apenas consumidor de conhecimento para um aluno que também produz. Se você tem uma passagem em transformação de conhecimento em produto, isso te coloca no radar das grandes empresas”, disse um dos palestrantes, Franscismar Vidal, diretor de Inovação do Instituto do Coração (Incor).
O outro palestrante, Felipe Mendes, diretor do Grupo GFK Brasil, abordou a importância do desenvolvimento da inteligência artificial e os benefícios que esta tecnologia pode trazer para o país, como maior velocidade e melhor qualidade em tomada de decisões. Para ele, pensar em inovação faz os estudantes levantarem importantes questionamentos. “A grande questão é alimentar a imaginação e o desejo de pensar que pode transformar o mundo. O aluno é ensinado a pensar o mundo de maneira diferente”, afirmou.
Autoridades presentes: Marco Tullio de Castro Vasconcelos, vice-reitor da UPM; Jorge Onoda Pessanha, pró-reitor de Extensão e Educação Continuada; Paulo Batista Lopes, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação; Cleverson Pereira de Almeida, secretário dos Conselhos Superiores e Controle Acadêmico; Susana Mesquita Barbosa, coordenadora de Extensão.