A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) firmou, na terça-feira, 24 de outubro, termo de cooperação com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) para a instalação de uma Unidade Avançada de Atendimento Judiciário (UAAJ), especializada em causas de competência dos juizados especiais, em que figurem como autoras micro e pequenas empresas. A assinatura do acordo aconteceu em solenidade no Palácio da Justiça, conduzida pelo presidente do TJSP, desembargador Ricardo Mair Anafe, na presença dos demais signatários do termo, magistrados e representantes de instituições.
O presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), Milton Flávio Moura, presente na solenidade, destacou que o acordo já traz em si a relevância das atividades que serão desenvolvidas. “O contrato pode ser um papel, mas carrega muita expectativa. Agradeço a importância que o Tribunal dá para a esse acordo”, declarou Moura.
O presidente do TJSP, desembargador Ricardo Mair Anafe, reiterou a importância da especialização da prestação jurisdicional, especialmente em uma área tão sensível quanto a empresarial.
“Conflitos empresariais dizem respeito a um universo muito grande de pessoas e atividades industriais e mercantis. Temos um enorme contingente de micro e pequenas empresas e o juizado especial possibilita a resolução de conflitos de forma extremamente rápida, com apoio dos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs)”, afirmouAnafe, destacando, mais uma vez, a integração do TJSP com o Mackenzie e a ACSP.
Também assinaram o acordo o reitor em exercício da UPM, o pró-reitor de Extensão e Cultura Cleverson Pereira de Almeida, e o diretor da Faculdade de Direito (FDir), Gianpaolo Poggio Smanio, que entende que a tratativa é mais um marco nas comemorações dos 70 anos da unidade acadêmica do Mackenzie.
Um dos maiores intermediadores do acordo, o desembargador Roberto Nussinkis Mac Cracken, ressaltou a importância do termo assinado por três instituições centenárias. “Estamos celebrando um termo de convênio fundamental, que atenderá muito o pequeno e médio empresário. Tenho uma única certeza: vai ganhar a sociedade”, afirmou o magistrado, que é mackenzista, sendo antigo aluno e hoje professor da UPM.
“Agradeço a possibilidade de estabelecer essa parceria. Esperamos cumprir mais um dever institucional e ajudar a resolver os conflitos, principalmente os pequenos”, afirmou o presidente da ACSP, Roberto Mateus Ordine.
Sobre o acordo
Estabelecida nos termos do Provimento CSM nº 1.077/06, a unidade terá competência para demandas cujo valor da causa não ultrapasse 40 salários mínimos, além de outros pré-requisitos normatizados pela Lei Federal 9.099/95. O termo prevê que o TJSP, entre outras atribuições, implementará o serviço por meio da seleção e treinamento de conciliadores, dirigirá os trabalhos realizados por eles e as audiências de instrução e julgamento, e implementará o sistema informatizado oficial para cadastramento e tramitação dos expedientes.
O Mackenzie disponibilizará e custeará 12 conciliadores e indicará coordenadores acadêmicos para orientação e acompanhamento das atividades. A ACSP, por sua vez, cederá espaço físico em sua sede, no centro de São Paulo, para a instalação da UAAJ, além do custeio da infraestrutura, gerenciamento administrativo e financeiro dos recursos recebidos e disponibilização de advogados e funcionários para as conciliações e demais demandas jurídicas.
Autoridades presentes
Também prestigiaram a cerimônia os integrantes do Conselho Superior da Magistratura, desembargadores Guilherme Gonçalves Strenger (vice-presidente), Fernando Antonio Torres Garcia (corregedor-geral da Justiça), José Carlos Gonçalves Xavier de Aquino (decano) e Artur César Beretta da Silveira (presidente da Seção de Direito Privado); o presidente do TJSP no biênio 2020/2021, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco; o defensor público-geral do Estado de São Paulo, Florisvaldo Antônio Fiorentino Júnior; a ouvidora do TJSP e ouvidora auxiliar regional da Mulher da Região Sudeste do Conselho Nacional de Justiça, desembargadora Lígia Cristina de Araújo Bisogni; o coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania em Segunda Instância, desembargador Irineu Jorge Fava; a coordenadora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), desembargadora Maria Lúcia Ribeiro de Castro Pizzotti Mendes; demais representantes da ACSP, entre eles Francisco Parisi (vice-presidente), Luiz Flavio Borges D’Urso (diretor), Carlos Kendi Fukuhara (assessor do presidente) e Guilherme Giussani (diretor da Câmara Empresarial de Mediação e Arbitragem).
Representando o Mackenzie, estiveram também: José Paulo Fernandes Júnior, diretor de Educação do IPM; Felipe Chiarello de Souza Pinto, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UPM; e Wallace Tesch Sabaini, pró-reitor de Controle Acadêmico da UPM; além de muitos desembargadores, juízes, representantes de instituições públicas e privadas, servidores da Justiça e demais convidados.