Garantir uma formação contínua, diferenciada, original e inovadora aos gestores e docentes é uma das preocupações dos Colégios Presbiterianos Mackenzie (CPM). Por isso, a Diretoria de Ensino, Pesquisa e Inovação (DENPI) e a Superintendência da Educação Técnica e Básica (SUPEB) do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), em parceria com o Sistema Mackenzie de Ensino (SME), criaram o Programa de Atualização Pedagógica e Desenvolvimento Docente (PAPDD).
O projeto conta com nove núcleos independentes de estudos e pesquisas: Ensino de Ciências; Alfabetização; Matemática; Educação Tecnológica; Educação Inclusiva; Educação Internacional; Gestão e Processos Educacionais; Educação Física; e o Núcleo de Ensino Religioso. Segundo Karen Melo, analista Pedagógica da SUPEB, os núcleos e os mentores da área de conhecimento são responsáveis por desenvolverem atividades formativas para gestores e docentes dos colégios que envolvam as dimensões pedagógicas do ensinar-aprender-avaliar.
De acordo com a superintendente da SUPEB, Márcia Braz, os recursos, instrumentos e metodologias empregados nos processos de aprender, ensinar e avaliar de acerta forma influenciarão na sala de aula, por isso, é preciso continuar investindo na atualização, principalmente diante dos desafios impostos à educação brasileira em meio à pandemia da covid-19, implantação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e reestruturações do Novo Ensino Médio.
Ainda de acordo com a superintendente, é desafiador formar seres humanos, independentemente de qual seja a natureza de sua formação, já que o processo de aprendizagem não se dá só pela aquisição de um saber, mas também por convocar o sujeito em formação (nesse caso os gestores e docentes) a estabelecerem inter-relações de produção com saberes específicos de suas áreas de trabalho.
“Essas inter-relações acabam por determinar composições dialéticas subjetivas com eles mesmos e com os outros - seus pares, seus alunos, os pais - todos implicados nos processos do aprender-ensinar-avaliar, com o principal objetivo: formar pessoas com excelência”, indica Márcia Braz.
O programa também beneficia os alunos na sala de aula, porque o professor torna-se mais curioso, reflexivo e pesquisador sobre sua própria função pedagógica. “Ele fica entusiasmado com a docência. Capaz de trabalhar em grupo, mediando conflitos e facilitando processos do ensinar-aprender-avaliar”, explica Karen, e completa ressaltando a importância de se ter um docente conhecedor dos referenciais teórico-epistemológicos da política pedagógica institucional e que respeite os princípios confessionais presentes na educação mackenzista.
Nos dias 23, 27, 28 e 30 de outubro acontece o XIII ENCONTRO DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO MACKENZIE, que terá como tema principal “Educação Básica Mackenzie, trajetórias vividas e o percurso atual: diálogos e reflexões diante de novos desafios”. O evento é um momento importante, afinal, reúne os professores que fazem parte do programa PAPDD.
Como surgiu o programa
Em 2017, o programa ganhou um projeto piloto implantado no CPM Brasília e, em 2020, estendeu-se ao restante das unidades. A princípio foi desenvolvido com base em Pesquisas Psicossociais sobre o Aprender, Ensinar e Avaliar e seus resultados transformados em propostas de intervenções de formação continuada. “Mais maduro, em 2020, o PAPDD incorpora duas dimensões: a mentoria e a pesquisa. Com o Plano de implementação faseado em três anos, o PAPDD abrange ações de formação contínua de modo a dialogar com os saberes pedagógicos nas áreas dos núcleos”, explica Karen.
Seu lançamento oficial aconteceu em setembro de 2020, no III Encontro Anual da Diretoria de Educação, com o tema “História e memórias da educação básica Mackenzie: trajetórias em busca da excelência”. O encontro contou com palestras e salas de conversas para consolidação de ideias e produção reflexiva em suas respectivas áreas.
Em 2021, foi implantada a mentoria da formação continuada, sob a condução da Superintendência. Os professores participam com estudos promovidos pelos mentores da área do conhecimento em que atuam, com leituras compartilhadas, estudos colaborativos, discussões, oficinas, etc. “Cada mentor de área de conhecimento da Educação Básica vem desenvolvendo projetos de autodesenvolvimento e disseminando inovações teóricas e práticas, técnicas e comportamentais com os seus pares”, aponta Braz.
O ponto máximo são os Encontros de Educação Básica, com a reunião de todos os docentes, como acontecerá em outubro. Para os próximos anos, as ações de formação continuada serão temáticas e divididas em núcleos. “O Núcleo I compõe a Direção do Colégio, seus assessores pedagógicos, coordenadores, orientadores pedagógicos e educacionais. O Núcleo II congrega ações destinadas à formação continuada com todos os Mentores de Áreas de Conhecimento. Já o Núcleo III comporta as ações de formação para todos os docentes da Educação Básica”, finaliza Karen.
“O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre”. Lucas 6:40