Ética e Cidadania

Mackenzie sedia evento sobre transtornos de aprendizagem

Dislexia, déficit de atenção e outras doenças são foco das palestras 

20.09.201917h50 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Mackenzie sedia evento sobre transtornos de aprendizagem

A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) sedia, nesta semana, o I Congresso Luso-Brasileiro em Transtornos de Aprendizagem, que tem como foco a dislexia e outros problemas de cognição. O evento teve a abertura na quinta-feira, 19 de setembro, no campus Higienópolis, e se encerra no sábado, 21 de setembro. 

O Congresso é uma parceria entre UPM, a Associação Brasileira de Dislexia (ABD) e a Qualconsoante, uma clínica portuguesa especialista em atender e estudar os transtornos de aprendizagem, como a dislexia, déficit de atenção, hiperatividade e o autismo. Este Congresso conta com a participação de palestrantes brasileiros e portugueses. 

Além do espaço, a UPM contribuiu com a participação de professores palestrantes para a realização do evento. “É um tema muito querido para nós, pois trabalhamos diretamente com os problemas de aprendizagem”, disse Alessandra Seabra, professora de Psicologia do Centro de Ciências Biológicas e Saúde (CCBS) da UPM. 

“O Mackenzie é um grande parceiro nosso e faz muitas pesquisas com as pessoas disléxicas que participam de nossa Associação”, disse a presidente da ABD, Ângela Nico. 

Mudanças

A primeira palestra do evento foi com a professora de neurologia infantil na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Sílvia Siasca, considerada uma das pioneira nos estudos da dislexia no Brasil. Ela mostrou para o público como sua história pessoal esteve relacionada com os estudos dos transtornos de aprendizagem.

Para a especialista, existe uma necessidade urgente de mudanças no sistema de ensino para que pessoas com déficit de aprendizado possam ter melhor inclusão. “Primeiro, uma mudança curricular e de formação. Precisamos de professores mais bem preparados e de práticas específicas para nossos alunos e não copiadas de fora”, disse.

Alessandra concorda com a especialista. “Pessoas com esses transtornos precisam, no ensino regular mesmo, que o professor seja sensível, que dê instruções diferenciadas na alfabetização, que tenha algumas lições de casa específica”, argumenta.