Nosso aluno Alex Alexandre Rosa, da terceira etapa do curso EaD Letras - Polo Jundiaí, conquistou o 1º lugar no VI Concurso Literário, promovido pela Academia Leopoldinense de Letras e Artes, na categoria Ensino Superior. Os participantes eram de 11 estados do país e ainda houve três inscrições internacionais.
O conto do mackenzista vitorioso, O Jumento e Eu, narra a história de um homem e seu jumento na volta para casa após um longo período de seca no sertão. Durante o caminho, ele relembra como era sua vida antes da seca e observa os danos causados. “Eu já tinha lido outros livros sobre o tema, como Vidas Secas, de Graciliano Ramos. Mas a inspiração para escrever um conto sobre o assunto veio após ler O quinze, de Raquel de Queiroz”, conta o escritor.
Rosa, que possui a meta de publicar um livro, garante que ganhar o prêmio foi de grande importância para o futuro profissional: “Primeiro por incrementar o currículo, segundo por agregar a outros textos, já que pretendo lançar uma antologia com os textos premiados. Sem falar que é uma recompensa muito gratificante para quem escreve, pois os concursos literários são avaliados por professores universitários, autores, especialistas em literatura”.
De acordo com ele, o curso de Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) contribuiu para o aprimoramento da escrita, gramática e na compreensão da língua portuguesa. “Um dos motivos de ingressar na faculdade, além da vontade de me formar em um curso de licenciatura e contribuir com o futuro dos alunos por meio de uma das formas mais nobres que conheço, que é sendo professor, foi, justamente, a necessidade de me especializar em Letras”, finaliza.
Confira abaixo um trecho do conto ganhador:
O Jumento e Eu
O sol já não castigava tanto. A poeira, que antes havia se assentado sobre nossas esperanças, revestindo com camadas grossas os telhados, os galhos secos, os vales e a vida, foi varrida pelo vento e extinguida pela chuva tardia... Há muito rogada por todos nós. Mas, que trouxera de volta a promessa dos brotos verdes ao sertão e aos nossos corações.
A seca não foi a mais forte que já enfrentamos; tampouco, amena. Severa como sempre, fez estragos. Com o tempo a gente se acostuma, aprendemos a suportar como os Umbuzeiros que resistem à estiagem e reinam na caatinga. Porém, a cada ano, vamos secando junto a suas razões – se é que existem razões –, de dentro para fora. Os sonhos e bens que ela nos tira é irreversível. O sol que seca os rios, seca também as esperanças...