Adaptar o projeto acadêmico para novos tempos, ensinar futuros nutricionistas a usarem ferramentas digitais e mirar desafios como o combate à desinformação, são os principais objetivos que o curso de Nutrição da Universidade Presbiteriana Mackenzie possui para seu futuro, ao completar 15 anos de criação, em 2022.
Criado como forma de aumentar o potencial de ensino na área da saúde do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), hoje a Nutrição se depara com o desafio de se adaptar à modernidade e incluir em seu currículo o uso de novas tecnologias. A constante remodelação da formação é algo normal, considerando que a área sempre busca se atualizar. “A nutrição é uma profissão em contínua mudança e por isso todos os profissionais nunca devem parar de estudar", afirma a professora do curso, Marcia Nacif Pinheiro
Diante disso, os docentes da UPM, sempre requisitados para congressos e encontros científicos, buscam um constante aperfeiçoamento dos métodos de ensino e da pesquisa.
“Os estudos sobre Nutrição são de grande interesse para a comunidade científica e, portanto, esta é uma área bastante dinâmica, com conhecimentos em constante atualização. As principais pesquisas visam investigar a importância dos alimentos e nutrientes na área da saúde, mas também nas áreas de economia, produção de refeições e indústria de alimentos”, declara a professora Renata Viebig.
A pandemia de covid-19 acelerou o processo de modernização do ensino e da prática nutricional, principalmente ao permitir a utilização da internet para consultas on-line. “A adesão às consultas virtuais tem sido muito boa devido à praticidade oferecida. Pacientes que moram no interior, fora do país ou que têm dificuldade de locomoção são muito beneficiados com o atendimento nutricional online. O nutricionista on-line se beneficia também da possibilidade de trabalhar de casa, reduzindo os custos com o aluguel de uma clínica”, indica a professora Marcia Pinheiro.
Além do uso das redes sociais em benefício da área, outras tecnologias têm sido usadas pelos nutricionistas. “Além do uso de ferramentas de internet, os nutricionistas têm utilizado diferentes plataformas digitais para o gerenciamento de dados e produção de materiais de Educação Nutricional. Especificamente na área da saúde, a utilização de prontuários eletrônicos e gadgets para avaliar e monitorar variáveis e parâmetros de saúde de clientes e pacientes on time e de forma integrada com os demais profissionais de saúde”, evidencia Renata Viebig.
Este cenário requer uma constante atualização dos professores e do projeto pedagógico do curso, algo que é buscado e incentivado. A inovação é uma marca dos cursos da UPM, que completa 70 anos em 2022.
Dificuldades
Se o curso da UPM tem o privilégio de buscar se adaptar aos novos tempos, diversos desafios se impõem aos professores e à coordenação do curso de nutrição. Neste sentido, a formação busca ensinar seus estudantes a enfrentarem as principais adversidades da profissão na atualidade. Dentre eles, destacam as professoras, está o combate à fake news.
“O nutricionista tem se deparado com uma série de fake news em saúde e Nutrição postadas rotineiramente em redes sociais, que podem representar potenciais riscos à saúde da população. Assim, o trabalho de orientação em alimentação e Nutrição tem sido cada vez mais importante”, destaca a professora Renata Viebig.
Outro desafio surge justamente diante do maior uso de tecnologias: manter a humanidade no tratamento com os pacientes. “Será imprescindível que o nutricionista nunca se esqueça que somos profissionais da área da saúde e que trabalhamos com seres humanos. A tecnologia não pode jamais substituir a ética, a empatia, a generosidade, o respeito e o cuidado com o nosso paciente/cliente”, finaliza Marcia Pinheiro.