Nesta terça-feira, 07 de janeiro, comemora-se o Dia do Leitor, uma data para celebrar as diversas formas leituras e todo tipo de literatura. A data foi escolhida como uma homenagem à fundação do jornal cearense O Povo, no ano de 1928, pelo poeta e jornalista, Demócrito Rocha. O periódico foi marcado por denunciar a corrupção de governantes locais e por registrar diversos fatos políticos. Além disso, o jornal abrigou o suplemento literário Maracajá, que se tornou um dos principais espaços de divulgação das obras dos modernistas do Ceará.
Ao contrário do que se possa imaginar, existem diversos tipos de leitores e leitura, que vão muito além do leitor transporte público, ou aquele lê vários livros, ou o que dá Spoiler, ou ainda o leitor que somente lê os artigos acadêmicos. Na realidade, para falar dos modelos de leitor, é necessário levar em conta diversos fatores, como conhecimentos culturais prévios, fontes de leitura e tecnologias.
De acordo com o coordenador do curso de Pedagogia da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), Ítalo Curcio, cada sujeito pode se encaixar em mais de um modelo de leitor, dependendo dos diferentes fatores. “Não se deve ignorar que uma leitura remete à criação de imagens, cenas contextualizadas, que são direcionadas pela cultura do leitor. Portanto, dependendo do conhecimento prévio da pessoa, a leitura que ela fará poderá ocorrer de diferentes formas”, disse.
Sob este aspecto, os tipos de leitor mais comuns são: Contemplativo, Fragmentado ou Virtual. Importante ressaltar também que leitura não envolve apenas textos escritos, podendo ser também leitura imagética, a leitura auditiva, a leitura tátil e outras.
Leitor Contemplativo
Este modelo de leitor independe de outra pessoa para auxiliá-lo na interpretação do que se lê, possui velocidade e ritmo próprio, absorvendo a mensagem do objeto de acordo com sua própria percepção. “Este leitor dá preferência a um isolamento, conduzido por um modelo próprio, construído por ele mesmo ou copiado de alguém, porém, preferindo sempre a alienação do meio e de eventuais pessoas ao seu redor”, afirma Curcio.
O leitor contemplativo busca livros de texto corrido, com conteúdo pormenorizado e ilustrações alusivas ao tema de interesse, devidamente contextualizadas.
Leitor Fragmentado
Também conhecido como Leitor Movente, este modelo importa-se com a informação fragmentada. “Com isto, o leitor não precisava estar fixo para receber a informação o leitor poderia se mover”, afirma o docente.
O leitor movente costuma buscar livros de conteúdos mais breves ou livros mais contextualizados e interdisciplinares.
Leitor Virtual
Este modelo, também conhecido como Leitor Imersivo, passou a ser mais observado após a popularização da internet. Este leitor está sempre pronto a receber mensagens, não necessariamente longas e nem sempre pormenorizadas, além de estar habituado interpretar mensagens produzidas de forma concisa. “Nem sempre este leitor estará a contemplar um longo texto, como um livro, por exemplo”, conclui o coordenador de Pedagogia da UPM.
O leitor virtual busca livros contemporâneos, de temas que contemplam as novas tecnologias ligadas ao seu interesse.