22.11.2022 - EM Atualidades
O Centro de Comunicações e Letras (CCL) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) organiza o II Seminário da Consciência Negra no dia 25 de novembro, das 13h30 às 17h. Com o tema Muito além de novembro: conhecer para questionar, os encontros serão presenciais e acontecerão no auditório do edifício Reverendo Wilson de Souza Lopes (RW), na rua Piauí, número 143.
No ano passado, o evento discutiu como o jornalismo, a publicidade e a literatura ajudam a moldar o olhar da sociedade sobre si mesma e suas questões estruturantes. Como ferramentas, essas atividades podem contribuir tanto para aprofundar quanto para enfrentar a desigualdade racial e, por consequência, as assimetrias socioeconômicas no país.
O dia 20 de novembro foi oficialmente instituído como Dia da Consciência Negra em 2003, mas a história remonta ao início dos anos 1970, quando um grupo de jovens negros se reuniu em Porto Alegre (RS) para questionar a legitimidade do feriado de 13 de Maio, dia em que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea e – depois de pressões internacionais e domésticas – libertou as pessoas escravizadas em território nacional, sem nenhum auxílio ou política adaptada às novas condições dessa recente cidadania formal. A data, escolhida por esses jovens, relembra a data da morte do líder quilombola Zumbi dos Palmares, na Serra da Barriga, em Alagoas, em 1695.
O evento é organizado pelas professoras mackenzistas Vanessa Oliveira, Patrícia Paixão e Mirtes de Moraes, do CCL, com a compreensão de que a reflexão sobre a nossa história é determinante para o enfrentamento das desigualdades contemporâneas para a melhor formação dos comunicadores de amanhã.
A tarde de atividades contará com uma conversa sobre o livro “Racismo Estrutural – uma perspectiva histórico-crítica”, do professor Dennis de Oliveira (ECA-USP), com comentários do pesquisador Joselício Júnior, mestre em Mídia Informação e Cultura, e mediação da aluna de jornalismo Katharina Brito. A obra versa sobre a escravidão como base do processo produtivo do Brasil colonial, apontando importantes chaves para a compreensão de suas consequências contemporâneas.
Às 15h30, o CCL recebe a jornalista Jéssica Santos (editora da Ponte Jornalismo) que ministrará um workshop sobre escrita antirracista, com exercícios e exemplos para repensar a prática jornalística e publicitária.