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História da arte: 5 obras para entender o Renascimento

História da arte: 5 obras para entender o Renascimento

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12.12.2023 - EM Cultura

Coordenação


Renascimento, Renascença ou Renascentismo são os termos usados para representar um período histórico que ocorre a transição entre a Idade Média e a Idade Moderna. Esse capítulo da história humana foi marcado por um movimento de renovação cultural que se espalhou pela Europa entre os séculos XIV e XVI.

A Renascença não estruturou apenas uma nova visão na área das artes, mas, paralelamente, ocorreram mudanças na ciência, na filosofia e na forma humana de lidar com os diversos questionamentos sociais e políticos - moldando as características da modernidade. Os ideais do Renascentismo inspiraram grandes movimentos adjacentes à época, como a Reforma Protestante.

A relevância desse movimento floresceu diversos talentos artísticos como Michelangelo, Leonardo da Vinci, Rafael Sanzio, Caravaggio, e outros nomes. Neste artigo, vamos explorar algumas das obras mais conhecidas do Renascimento.

A Última Ceia - Leonardo da Vinci

Pintada no anexo da Igreja Santa Maria delle Grazie (Igreja Nossa Senhora das Graças), em Milão, a obra tem 4 metros de altura e 9 metros de largura. A obra representa o momento descrito na Bíblia em que Jesus Cristo compartilha sua última refeição com os apóstolos antes de sua crucificação, especificamente no momento em que Cristo revela que um de seus discípulos o trairá. Da Vinci iniciou a pintura em 1495 e a concluiu por volta de 1498. 

A obra representa com clareza todas as características do Renascentismo, pois, sua representação retrata nitidamente a figura humana, num conjunto de anatomia e expressões faciais que foi revolucionário para a época em questão.

A Partida de Xadrez - Sofonisba Anguissola

A italiana Sofonisba Anguissola foi a pioneira entre as mulheres de destaque no Renascimento. Utilizando-se de técnicas avançadas de pintura, como o sfumato (que serve para suavizar as linhas entre luzes e sombras), a artista retrata na obra uma partida de xadrez entre suas irmãs.

O quadro, que foi elogiado pelo próprio Michelangelo, representa também uma manifestação social: jogar xadrez era considerado uma atividade masculina, por ser um jogo que envolve lógica e racionalidade. Mesmo assim, a artista optou por eternizar um momento exclusivamente feminino para retratar esta atividade.

O David - Michelangelo

A escultura mais conhecida de Michelangelo foi esculpida entre os anos de 1501 e 1504, na qual o artista utilizou técnicas para representar Davi no momento anterior à sua batalha contra Golias. Com 1,57 metro de altura, a estátua foi originalmente colocada na Piazza della Signoria, mas, hoje, encontra-se na Galeria da Academia de Belas Artes, ambas em Florença.

Entre os motivos pelos quais a obra é admirada, destaca-se a técnica e habilidade do artista em retratar a anatomia e fisionomia humana com consistência. Esta obra representa o ideal renascentista de beleza, proporção e virtude.

A Escola de Atenas - Rafael Sanzio

A Escola de Atenas é uma pintura a óleo, concluída por Sanzio no ano de 1511. A obra faz parte de um conjunto de afrescos decorativos nos quartos do Vaticano. 

Sanzio incluiu nesta pintura algumas personalidades filosóficas cujo pensamento ganhou força durante a Renascença, como Platão, Aristóteles, Pitágoras e Euclides, para representar a ideia de que o conhecimento é central para a busca da verdade e do entendimento do mundo.

O Beijo de Judas - Giotto di Bondone



“O Beijo de Judas", de Giotto, retrata o momento crucial em que Judas Iscariotes traiu Jesus Cristo com um beijo, identificando-o para as autoridades que o prenderam. A pintura faz parte de um ciclo de afrescos conhecido como "A Paixão de Cristo", localizado na Capela Scrovegni, em Pádua, Itália.

Giotto di Bondone é considerado o fundador da pintura moderna e o pai da Renascença italiana, já que ele foi um dos primeiros artistas a utilizar em sua técnica de pintura elementos realistas e emocionais em suas obras - características que são essenciais para o renascentismo.