Realizado em parceria com Núcleo de Educação Empreendedora (NEE), o Hackton contou com uma série de desafios propostos para os estudantes participantes, que precisam colocar em prática os conhecimentos teóricos aprendidos em sala de aula. Um deles, promovido pela empresa Endered, teve como base a aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O evento foi promovido pelo Núcleo de Educação Empreendedora em parceria com aFaculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Foi realizado um bate-papo com os integrantes do NEE, que nos contaram um pouco mais sobre essa primeira edição do Hackaton Empreender Legal. Conheça:
Qual é o tema ou foco principal deste hackathon?
Prof. Victor Cabral Fonseca (VCF): “Capacitar alunos a um projeto de cunho inovador que não necessariamente envolve o uso de tecnologia e que possibilita o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos que são diferenciais importantes para o advogado do século XXI”.
Profa. Julia Gebara (JG): “nesse desafio, além de buscar oferecer conhecimentos em novas áreas de atuação, procuramos estimular os alunos a trabalhar em equipe, a ser proativo, a ser curioso, a usar redes sociais, buscar conhecimentos por conta própria e a desenvolver uma entrega final com qualidade reconhecida pelo mercado”.
Prof. Ricardo Barbosa: “o tema central envolve a Lei Geral de Proteção de Dados e o Legal Design a partir de uma situação real vivenciada pelo grupo ENDERED, que é um grupo francês que trabalha com meios transacionais, detentor de várias marcas, presente em 45 países. Foi proposto aos alunos desafio de transformar a política de privacidade e de proteção de dados disponibilizados pelo grupo ENDERED, titular da marca Endered Ticket ®, tornando os documentos mais acessíveis ao cliente e usuário de seus produtos e serviços, por meio das abordagens do Legal Design.
Quantos participantes estão envolvidos e de onde eles vêm?
O Hackaton foi lançado na abertura da Semana Jurídica que comemora os 70 anos da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, e envolve 132 grupos, totalizando 492 alunos inscritos. Esses alunos são majoritariamente do curso de direito do campus Higienópolis, mas o Hackaton foi aberto para toda a Universidade. Temos alunos da FAU, do CCSA, da Escola de Engenharia, tanto do campus de Higienópolis, quanto Alphaville e de Campinas.
Quais são os prêmios ou incentivos oferecidos aos vencedores?
Todos os alunos escritos que cumprirem todas as etapas do desafio receberão 30 horas complementares na modalidade extensão. Além disso os grupos finalistas receberão 10 horas complementares, além de cursos oferecidos pelas Bits Academy, que é uma das patrocinadoras do Hackaton. Além disso os finalistas terão acesso a visitas institucionais na TOZZINIFREIRE ADVOGADOS, ao LA FABRIQUE, hub de inovação da ENDERED, assinaturas do UXDOC, que é um software de aplicação em legaldesign, kits brindes da Ticket Serviços. Os grupos vencedores, receberão ainda mentorias de carreiras oferecidas pela proponente do desafio (ENDERED) e pelas demais patrocinadoras do Hackaton (TOZZINIFREIRE e BITS ACADEMY).
Quais tecnologias ou ferramentas estão sendo destacadas durante o hackathon?
Não existem ferramentas específicas ou super sofisticadas. A ideia é usar ferramentas básicas de criação de documentos como o WORD, POWERPOINT, CANVA e o UXDOC. O importante é saber que serão utilizadas técnicas interdisciplinares de design para aplicar em documentos jurídicos, mantendo a validade jurídica desses documentos e ao mesmo tornando-se atrativos e acessíveis para leitores comuns. O objetivo é criar a cultura de proteção de dados para as pessoas que, costumeiramente, não se preocupam com o linguajar jurídicos.
Quais são os desafios específicos que os participantes estão enfrentando?
Os desafios são mais ligados às soft skills, comunicação, liderança, trabalho em equipe, interação com outras disciplinas, além da habilidade para gerir um projeto, a aplicação do design nas áreas do direito.
Como os participantes estão trabalhando em equipe para desenvolver suas soluções?
Criamos uma conta no Instagram, @empreenderlegal_mackenzie, que tem ajudado os participantes encontrar colegas para formar os grupos de trabalho. Depois disso, cada grupo tem se articulado para realizar a transformação e preparar o pich que apresenta todo o processo.
Existem mentorias ou palestras sendo oferecidas para auxiliar os participantes?
Os professores do NEE deram mentorias aos alunos, durante a semana, com datas, horários e locais divulgados na conta do Instagram. Além disso, foi oferecido um workshop pela professora Maria Rita, da Faculdade de Direito juntamente com o Erik Nybo, sócio da Bits Academy e especialista em legal design.
Como o evento está sendo realizado - presencialmente, virtualmente ou de forma híbrida?
Todo o trabalho é de feito de modo offline mas no dia 25/08, na cerimônia de encerramento da semana jurídica, haverá o anúncio dos grupos vencedores e a premiação.
Quais são as expectativas dos organizadores em relação às inovações resultantes do hackathon?
O NEE tem trabalhado para o desenvolvimento de competências empreendedoras no Direito. O Hackaton ajuda a comunidade mackenzista a reconhecer que os conhecimentos adquiridos na formação do futuro advogado, juiz, promotor ou delegado, por exemplo, podem e devem envolver a aplicação desses conhecimentos para solucionar problemas que estão no dia a dia das organizações, governos e da sociedade. O empreendedorismo envolve essa junção: aliar o conhecimento com a prática e fazer isso de um modo interdisciplinar: direito, design, tecnologia, gestão são apenas algumas das áreas que passam a caminhar juntas para resolver problemas de um modo estruturado e perene. Por fim, isso só é possível quando as competências sócio emocionais forem também valorizadas. O Hackaton reúne todas essas questões em uma mesma experiência.
Saiba mais: www.instagram.com/empreenderlegal_mackenzie