Confira como foi o primeiro dia do IX Fórum de Aprendizagem Transformadora

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Evento contou com proposta de desafios e debates sobre o papel da universidade e seu impacto na sociedade

30.07.2024


Na segunda-feira, 29 de julho, o Centro de Excelência em Ensino e Aprendizagem Transformadora (CEAT) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) realizou a abertura do IX Fórum de Aprendizagem Transformadora, que terá programação até o dia 31 de julho, tendo como tema “O papel da universidade sob a perspectiva do impacto social”. O evento aconteceu no auditório Ruy Barbosa, localizado no campus Higienópolis, em São Paulo. 

O início do evento foi marcado por falas de autoridades mackenzistas, como o presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), Milton Flávio Moura; o reitor da UPM, Marco Tullio de Castro Vasconcelos; a diretora do CEAT, Janette Brunstein; e o capelão universitário, Rickson Roque, que na ocasião estava representando o chanceler do Mackenzie, Robinson Grangeiro.

Logo após a parte institucional, em uma ação junto à Prefeitura da cidade de Francisco Morato, a prefeita do município, Renata Sene, propôs desafios para que os professores mackenzistas trabalhem com seus alunos ao longo do semestre. Ela apresentou dificuldades enfrentadas pela cidade para que os estudantes atuem interdisciplinarmente, buscando soluções eficientes a fim de ajudar a comunidade moratense. Foram dez os desafios propostos: drenagem e encostas; mobilidade urbana; moradia; empregabilidade; social; cultura; empreendedorismo e negócios; migrantes na cidade; saúde; e educação.

No segundo dia do evento, em 30 de julho, os professores mackenzistas visitaram a cidade de Francisco Morato e participaram de uma mesa de debates sobre as temáticas propostas. Para acompanhar a íntegra do evento, clique aqui.

Impacto da universidade

Na sequência do Fórum, com enfoque no impacto social das Instituições de Ensino Superior (IES), os debates e palestras da primeira mesa foram mediados pela diretora do CEAT, Janette Brunstein, e pela pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Maria Cristina Triguero. Discussões que contaram com palestrantes relevantes como o presidente da William T. Grand Foundation, Adam Gamoran; o diretor de dados na Times Higher education, Duncan Ross; o professor da FEA/USP e do Instituto de Relações Internacionais da USP, Jacques Marcovitch; e a representante do departamento de Estratégias da Erasmus Universiteit Rotterdam, na Holanda, professora Giovanna Lima. 

Gamoran iniciou seu discurso comentando sobre os ataques que as universidades estão sofrendo no mundo, principalmente nos EUA, sendo questionadas da efetividade que elas fornecem à sociedade, e toda a divisão política sobre o ensino superior. Ele citou como a universidade pode se defender desse tipo de argumento, “apoiando pesquisas com foco no impacto social, servindo ao bem comum, respondendo a problemas locais e desafios em medicina e engenharia, em ciências sociais… é o momento de mudar”, destacou ele.

“A busca do impacto social tem a ver com o aproveitamento de talentos, isso é a chave para as universidades. O corpo docente precisa estar mais engajado a responder problemas que acontecem fora dos campi, com impacto no mundo exterior”, concluiu Gamoran. 

Em seguida, o analista de dados, Ross, falou sobre como os rankings podem ser usados como mecanismos para mensurar universidades e, consequentemente, serem utilizados como incentivo externo para a educação superior. “As classificações são uma forma de medir a educação superior, é claro que esses ranks não são perfeitos, está sujeito a erro, entretanto, essas ações servem como incentivo e podem dar alguma visão sobre o trabalho que está sendo feito nas universidades”, salientou.

Marcovitch, em sua palestra, explicou o que é o impacto que as IES podem ter. Para ele, são os efeitos que os egressos das instituições podem causar no mundo; o resultado das publicações, citações; além do ganho cultural que isso pode trazer no futuro. O professor divide os indicadores de impactos sociais que a universidade pode gerar em quatro tópicos: econômico, social, ambiental e cultural. 

“As colaborações que poderão se realizar podem ter algum destes tópicos, por exemplo: no caso da economia, podemos ter a geração de novos empregos, criação de empresas filhas, redução das desigualdades, renda per capita; no quesito social a segurança alimentar, qualidade da educação e dos serviços de saúde, acesso ao saneamento básico, segurança pública; na questão ambiental o conhecimento pode nos levar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa, preservação da biodiversidade, conservação da natureza; na cultura os valores humanistas, valorização das tradições, acesso a museus e instituições preservacionistas, etc.", exemplificou Marcovitch.  

Para finalizar, Giovanna Lima trouxe um panorama feito pela Universidade de Rotterdam, e como buscam realizar esta transformação para alcançar a mudança necessária na sociedade, em vista do conceito de capacidade para o impacto. “Estamos fazendo essa transição, que busca uma educação focada para o impacto, que envolve todos nós. O mais importante é pensar de fora para dentro. Pensando em ensino, temos que promover novas competências para os alunos, como o programa do Mackenzie ‘MackSTLR’, e professores”, realçou.

“Os alunos devem ter conhecimento, competências, habilidades, valores, atitude e mentalidade para ser o agente de mudança. Já os professores terão um novo papel, não apenas de transmitir conhecimento, mas, somado a isso, de um guia e facilitador desse processo de aprendizagem, para que o aluno obtenha o autodesenvolvimento”, completou a professora. 

Para conhecer a programação completa e mais informações, acesse o link