10.09.2019 - EM Pesquisa e Inovação
O cenário pode não ser o melhor, porém impossível é uma palavra que não pode existir no vocabulário de quem quer lutar pelo desenvolvimento tecnológico do país. Este foi o foco da palestra dada pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o astronauta Marcos Pontes, para alunos da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), nesta segunda-feira, 9 de setembro, no campus Higienópolis, como parte da programação da XXXI Semana da Escola de Engenharia.
Pontes é o primeiro brasileiro a ir para o espaço. Em sua palestra, ele contou sua história como forma de motivação para que os estudantes não desistam dos seus sonhos. “Apesar da situação atualmente não estar fácil em termos de orçamento, vai melhorar! Eu já passei por muito aperto na minha vida também, e o que sempre me manteve na direção do meu sonho foi acreditar que ia dar certo”, afirmou.
O ministro também declarou que o desenvolvimento tecnológico é cada vez mais necessário para que haja melhorias econômicas no país, e as diversas engenharias têm um papel fundamental nisto. “A ciência e a tecnologia são a ponta de lança do desenvolvimento econômico e social do país. Para isso, vamos necessitar cada vez mais da capacidade de engenharia, da criatividade para que a gente possa manter o planeta sustentável”.
Responsável pela organização do evento, o professor Sérgio Lex, diretor da Escola de Engenharia (EE) da UPM, defendeu que os futuros engenheiros estarão no centro do desenvolvimento do país. “Pesquisa e inovação é o que promovem o desenvolvimento econômico do país e o engenheiro tem que ser o protagonista desta mudança que o país precisa. O Brasil só vai se desenvolver se houver avanço tecnológico”, disse.
Dificuldades
Em sua fala, Pontes não deixou de abordar as dificuldades financeiras que o campo científico tem enfrentado no Brasil, principalmente pelos contingenciamentos de verbas. Por exemplo, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) necessita de um orçamento emergencial para conseguir manter as 81 mil bolsas de pesquisadores.
Para o ministro, ciência e pesquisa não podem ser encarados como gastos, porém como um investimento. “Quando um país investe e coloca recursos nestes setores, ele gera retorno rápido e garante inovações por meio de novas empresas, além de melhorias significativas em agricultura, segurança e desenvolvimento sustentável em todos os setores”, assinalou.
O reitor da UPM, Benedito Guimarães Aguiar Neto, defendeu que a Universidade deve estar presente neste processo de retomada do crescimento e no desenvolvimento tecnológico do país. “A boa relação entre a Universidade e os órgãos governamentais de fomento à educação, pesquisa e inovação são sempre relevantes. O momento é muito importante para que toda a comunidade possa refletir sobre a importância da pesquisa, mesmo em um momento de crise econômica que o país enfrenta”, concluiu.
Demais autoridades presentes: José Inácio Ramos, Presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie; Marco Tullio de Castro Vasconcelos, vice-reitor da UPM; Marili Moreira da Silva Vieira, pró-reitora de Graduação e Assuntos Acadêmicos; Jorge Alexandre Onoda Pessanha, pró-reitor de Extensão e Educação Continuada; Paulo Batista Lopes, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação; Cleverson Pereira de Almeida, secretário dos Conselhos Superiores e de Controle Acadêmico.