A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) celebrou nesta terça-feira, 05 de novembro, o lançamento do curso de Cinema e Audiovisual, do Centro de Comunicação e Letras (CCL), e a parceria com a empresa Panasonic, que realizou uma doação de equipamentos para o novo curso. Como parte da programação, houve ainda um bate-papo com o cineasta e diretor da série “Cangaço Novo”, Fábio Mendonça, com a mediação da jornalista e crítica de cinema, Flávia Guerra.
Representando o diretor do CCL, Rafael Fonseca Santos, o coordenador do curso de Cinema e Audiovisual, professor Hugo Harris, disse que o evento celebra a abertura oficial da nova graduação, que terá sua primeira turma no 1º semestre de 2025. “A experiência e excelência da Universidade Mackenzie guiará o desenvolvimento do curso para que atenda às demandas do mercado e, ao mesmo tempo, para que contribua com o nosso olhar sobre a produção audiovisual”, afirmou.
Criado sob o tripé formado por teoria, técnica e prática, o curso permitirá o aluno trabalhar em produção cinematográfica ficcional para cinema ou streaming, documentários, animações e na área da publicidade e da comunicação organizacional. “O audiovisual é repleto de possibilidades e os profissionais mackenzistas, que pretendemos formar, atuarão como diretores, roteiristas, diretores de fotografia ou arte, montadores, câmeras, críticos de cinema, pesquisadores, curadores ou preservadores”, pontuou Harris.
Em sua fala, o reitor da UPM, Marco Tullio de Castro Vasconcelos, definiu como “um dia de celebrar um momento histórico no Centro de Comunicação e Letras”, compartilhando a reformulação do CCL, que tem ajustado “não só questões de estrutura física e tecnológica, mas também o projeto pedagógico”.
O chanceler do Mackenzie, Robinson Grangeiro Monteiro, disse que em seu papel dentro da instituição, deseja que “boas histórias sejam contadas e, como em outras instâncias da Universidade, que elas possam contribuir para o diferencial que caracteriza a identidade institucional do Mackenzie”, produzindo profissionais que sejam, de fato, diferenciados.
Participaram do evento de lançamento o pró-reitor de Controle Acadêmico, Luiz Guilherme Dellore; o pró-reitor de Planejamento e Administração, Wallace Tesch Sabaini; o diretor do segmento B2B da Panasonic, Kenji Suzuki; e o gerente comercial da Panasonic, Rodrigo Costa.
Parceria com a Panasonic
A Panasonic, empresa centenária, fundada em 1918, no Japão, é pautada pela tecnologia e trabalha com ampla gama de produtos. Segundo o vice-presidente da marca no Brasil, Sergei Epof, a parceria com o Mackenzie significa preparar uma geração para o mercado profissional do cinema. “É um investindo no nosso futuro como empresa, mas também no nosso futuro como população e jovens profissionais bem-preparado para o mercado”, pontou Epof.
O diretor de Marketing da Panasonic e antigo aluno do curso de Publicidade e Propaganda da UPM, Caio Marques, disse estar feliz em “retornar ao local que foi e é a base do profissional que me tornei”. Para ele, “participar de um projeto relacionado ao ensino, reforça algo que faz parte do DNA da Panasonic, com o propósito de contribuir com a sociedade”.
O coordenador Harris falou que o acordo com a Panasonic, bem como a aproximação com profissionais da atualidade, “demonstra a nossa movimentação em direção ao mercado pulsante e criativo para o qual queremos contribuir e que, também, tem muito para nos oferecer”.
Bate-papo com Fábio Mendonça
O diretor definiu um bom cineasta como aquele que “vive e é interessado por todas as áreas”. Mendonça destacou a importância do repertório e do conhecimento crítico para a formação da identidade criativa do profissional do audiovisual.
“É a ideia de conceituar um texto que preciso transformar em imagem, som, ritmo, cores. O que aquele texto me sugere? Quero narrar uma história tranquila ou acelerada? Uma história escura ou clara? O que é melhor em termos de imagem e conceito para comunicar a emoção?”, explicou o cineasta.
Mendonça falou sobre sua preocupação em escolher a linguagem para melhor atender o conteúdo, destacando que isso é um grande trabalho de pré-produção, tanto no cinema publicitário quanto em filmes e séries. “É uma das coisas que mais me fascina”, pontuou ele.
Por fim, o diretor disse que tudo depende da vivência do cineasta, pois o audiovisual trabalha com o material humano e o repertório nasce a partir de vivências. “O caso da universidade é um bom exemplo, o curso de Cinema pode usar coisas da Engenharia, do Direito, ter experiências de Psicologia, de Medicina, porque falamos do humano, contamos histórias humanas e palpáveis”, finalizou.