A Comunicação Intercultural é todo o processo de troca de informações e ideias entre pessoas de diferentes culturas, levando em consideração as particularidades culturais que influenciam a forma como se comunicam, entendem e interpretam o mundo ao seu redor. O desenvolvimento desta prática se vê cada vez mais importante, principalmente em ambientes coorporativos, nos quais há a exigência de uma boa comunicação, e a compreensão de diferentes gêneros, etnias, línguas etc.
Isso significa considerar que cada cultura traz heranças coletivas – costumes, valores, tradições e formas de se expressar – e, para que não haja conflito, a Comunicação Intercultural auxilia na busca do entendimento dessas diferenças para estabelecer diálogos mais eficazes e respeitosos nas interações interpessoais.
Esta prática vem se tornando fundamental no contexto mundial atual, no qual pessoas de diferentes origens trabalham, colaboram, convivem e compartilham ideias em ambientes cada vez mais diversos. Isso faz com que as empresas tenham de buscar expandir seus horizontes, incentivar a diversidade e capacitar seus colaboradores.
De acordo com o coordenador do Mestrado Profissional em Comunicação Intercultura nas Organizações, da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), João Batista, esse conceito vai além da simples coexistência de diferentes culturas no mesmo espaço.
"Não somos iguais, não precisamos ser iguais e não devemos ser iguais. São justamente as nossas diferenças que nos ensinam", afirma o professor Batista.
Ele também destaca que o princípio da interculturalidade é a base para uma comunicação mais efetiva, pois é o processo de transmitir informações com assertividade, independentemente da mensagem.
"A comunicação intercultural, especificamente, compreende os processos de comunicação, sejam eles midiáticos, sejam interpessoais, de transmissão de informação, em que se consideram as diferenças culturais. Essas diferenças são heranças adquiridas de forma coletiva por um grupo, que vivem entre a tensão da manutenção e da mudança. Por isso é tão difícil e necessária a comunicação intercultural", afirma Batista.
Benefícios da boa comunicação intercultural
Para empresas que atuam em mercados estrangeiros, a adoção de práticas interculturais é um diferencial competitivo. A comunicação intercultural facilita a convivência e colaboração entre colaboradores, fornecedores e clientes de diferentes culturas. Essa abordagem não só reduz conflitos e mal-entendidos, como também estimula a criatividade, diversidade de perspectivas e inovação – fatores cruciais para a resolução de problemas e o fortalecimento das marcas.
Além disso, investir nesse tipo de comunicação pode aumentar o engajamento e a retenção de talentos, que sentem suas culturas valorizadas no ambiente corporativo.
"O bem-estar no trabalho e o respeito mútuo resultam em maior eficiência e coesão nas equipes", reforça o coordenador.
Impactos no marketing e posicionamento da marca
O desenvolvimento da Comunicação Intercultural auxilia nas estratégias e campanhas de marketing e na entrada em mercados internacionais. Ao compreender o público com o qual você quer se comunicar, as particularidades culturais, as marcas podem adaptar suas estratégias para dialogar com diferentes públicos.
"Trata-se de uma negociação entre partes que pretendem alcançar um objetivo comum", ressalta o especialista, destacando a relevância de flexibilidade e adaptação nas relações globais.
Como promover a comunicação intercultural
Para incentivar um ambiente de trabalho harmonioso, os líderes das organizações desempenham um papel fundamental, pois eles são os espelhos. O professor João Batista, explica que os líderes e as empresas precisam ser o exemplo, promovendo e apoiando ambientes diversos e com diálogo.
"É preciso que as empresas tenham lideranças diversas e abertas à diversidade. Equipes homogêneas tendem a não promover as relações interculturais, até mesmo por falta de experiência, vivência em ambientes desse tipo. Além disso, as lideranças devem estabelecer canais de comunicação inclusivos, que garantam que todos os membros da equipe tenham liberdade de opinião. Essas ações ajudam a criar um ambiente de trabalho mais harmonioso, onde a colaboração entre membros de diferentes origens culturais é facilitada. Quando as diferenças são respeitadas e promovidas, a equipe tende a ser mais produtiva, criativa e engajada, resultando em um melhor desempenho organizacional", finaliza ele.
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