Marcados pelo avanço do acesso à informação, da internet e das redes sociais, as pessoas da Geração Z possuem uma familiaridade inata com a tecnologia. De acordo com levantamento da empresa Relevo, os nascidos entre os anos 1990 e 2010 já são maioria em cargos como desenvolvedores e programadores.
Ainda segundo pesquisa realizada pela Socialnomics, nos Estados Unidos, 92% das crianças já possuem uma “pegada digital", com perfis em redes sociais ou experiências lidando com aparelhos eletrônicos. Entender suas características e necessidades é fundamental para aproveitar o potencial que esses jovens podem oferecer às organizações.
Tecnológico na prática
Extremamente ligado ao assunto, Nathan William, assistente de marketing da Superintendência de Comunicação e Marketing (SUCOM), do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), é adepto ao uso da tecnologia em várias esferas: no ambiente de trabalho e na vida pessoal.
"As pessoas da Geração Z já nasceram adeptas à tecnologia. Antes de nos tornarmos profissionais, já éramos impactados regularmente, mesmo como crianças ou adolescentes”, enfatiza ele.
Nascido no ano 2000, atualmente, o jovem cursa Design na Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). A escolha do curso não foi a primeira opção. Segundo relata, embora tenha realizado o curso técnico de Marketing durante o Ensino Médio, sua outra paixão, a área da Saúde, o fez escolher a Fisioterapia.
“Eu sempre tive interesse em comunicação, principalmente na parte de Criação, porém, também gostava da área da Saúde, no sentido de poder ‘ajudar a ajudar’ e solucionar os problemas das outras pessoas. Me chamou muito a atenção, conversei com pessoas que atuavam na área. Fiz dois semestres de Fisioterapia e, ao final do segundo, decidi voltar à minha área de interesse, a Criação", afirma.
Para ele, existem habilidades que devem ser tratadas nas crianças e adolescentes desde cedo. “Acredito que as relações interpessoais devem ser tratadas de forma mais aprofundada desde o Ensino Fundamental, até no dia a dia, no mercado de trabalho”, adiciona.
A respeito do futuro, William afirma que ainda está em processo de autodescobrimento. “Tento sempre reafirmar que eu não preciso fazer planos para minha vida inteira. Durante o ensino médio, eu observava colegas planejando 10 anos à frente. Eu não tinha essa certeza”, enfatiza.
Ambiente de trabalho
Outros tópicos importantes para a Geração Z estão relacionados ao clima organizacional e à possibilidade de crescimento. “Um bom clima também é muito importante e é essencial ter oportunidades, pois um ambiente de trabalho que não dá oportunidades às pessoas acaba desmotivando os colaboradores”, afirma William.
Antes estagiário, hoje o profissional atua como assistente. Assim, durante a sua jornada no Mackenzie, o jovem afirma que aprimorou as relações interpessoais, além de crescer profissionalmente.