O Centro Mackenzie de Liberdade Econômica, com sede em São Paulo, participou de um estudo abrangente em conjunto com outros centros de pesquisa, encabeçado pela Information Technology & Innovation Foundation que resultou na publicação do índice “Latin American Subnational Innovation Competitiveness Index” (índice de competitividade em inovação subnacional da América Latina).
Apesar de representar apenas 8% da população global e 6,5% da produção econômica mundial, a América Latina desempenha um papel de destaque na produção de minerais críticos que moldarão o futuro da economia global. Com 40% da produção mundial de cobre e 35% da produção de lítio, a região está se posicionando estrategicamente no cenário global, à medida que a transição para tecnologias verdes dependem cada vez mais desses minerais.
No entanto, apesar do papel vital que desempenham na economia global, muitos países latino-americanos enfrentam o desafio de não conseguir avançar de economias de renda média para economias de alta renda. O estudo destaca a importância de estratégias de inovação para evitar que esses países caiam na chamada "armadilha de renda média".
Um dos principais desafios enfrentados pela América Latina é o baixo investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e inovação, representando apenas 0,67% do PIB regional, em comparação com 3% nos países mais desenvolvidos. Isso se traduz na contribuição de apenas 2,75% das publicações científicas mundiais relacionadas à inovação.
O estudo também destaca a urgência de políticas que incentivem investimentos em P&D, aprimorem a qualidade da educação e promovam o empreendedorismo na região. A América Latina, com seu potencial de recursos naturais e jovens talentos, tem a oportunidade de liderar o caminho em inovação e, assim, alcançar um crescimento econômico significativo.
As cinco melhores regiões na América Latina são Cidade do México, México; São Paulo, Brasil; Lima, Peru; Bogotá, Colômbia; e Arequipa, Peru.
Embora o Brasil tenha alcançado progressos notáveis na criação de empresas, as métricas relacionadas à adoção de banda larga, intensidade em pesquisa e desenvolvimento, pessoal qualificado, pedidos de patentes, eficiência na redução de emissões de carbono e investimento de capital de risco apontam áreas que necessitam de maior atenção.
Os estados brasileiros mais bem colocados no ranking são: São Paulo (49), Rio de Janeiro (57), Paraná (58), Minas Gerais (59), Santa Catarina (61) e Rio Grande do Sul (62).
Para ter acesso ao estudo completo, acesse: Latin American Subnational Innovation Competitiveness Index | Centro Mackenzie de Liberdade Econômica